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Domingo - 09 de Dezembro de 2012 às 09:25
Por: José Alexandre Schutze

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*José Alexandre Schutze é presidente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada de MT
*José Alexandre Schutze é presidente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada de MT

Uma pesquisa divulgada nesta semana pela Revista Veja mostra que Mato Grosso subiu no conceito de "estados preparados para receber investimentos estrangeiros", o que nos garantiu a 12ªposição entre os demais 27 estados brasileiros.

Dentre os ‘quesitos’ analisados sobre o ‘ambiente econômico’, numa escala de 0 a 100, Mato Grosso conseguiu uma nota boa e acima da média nacional, alcançando a nota 50 – 24% maior que a média anterior, 40,1 pontos. Foram avaliados, nesse item, o tamanho e o crescimento apresentados pelo mercado estadual, bem como, a renda média dos habitantes e a desigualdade de renda na população. Vale ressaltar que o PIB (Produto Interno Bruto) de Mato Grosso, hoje, é de R$ 69 bilhões, enquanto a renda per capita média é de R$ 17,2 mil.

Mas, o que de fato isso representa, se ainda temos tanto a percorrer? Afinal, a mesma pesquisa elencou fatores ainda deficientes no nosso estado, como a infraestrutura, que nos coloca num patamar abaixo da média nacional, com nota 12,5, contra os 26,9 anteriormente apontados.

Representa o saldo de importantes passos que, há pelo menos uma década, foram dados rumo a um novo ciclo econômico de Mato Grosso. O estado cresce a passos largos, superando expectativas na produção, que resulta num aumento do PIB e, por consequência, reforça o superávit da balança comercial brasileira. De 2005 a 2011, nosso Produto Interno Bruto cresceu 71,62%. Somente em 2011, ascendeu 4,5%, percentual maior que o resultado nacional, que foi de 2,7%. O crescimento de MT representa mais da metade do crescimento da China (9,2%), país que mais cresce no mundo.

Em 2011, o Estado de Mato Grosso foi o maior exportador do Centro-Oeste e 8º no ranking de exportações do Brasil. Êxito que logramos com a utilização de apenas 8% do nosso território empregados na produção de grãos, e 26% na pecuária. No mesmo ano, o estado exportou R$ 11,099 bilhões de dólares, o que representa 4,34% das exportações nacionais.

E isso se deve a um trabalho iniciado lá atrás, quando a contra gosto de alguns, o então governador Blairo Maggi encampou a política de incentivos fiscais no Governo. Hoje, reflexos e impactos convergem para o crescimento e constante necessidade de inovações tecnológicas capazes de acompanhar nosso desempenho no campo e criação de parques industriais. Temos testemunhado o aumento da produção e de serviços, avanço nas exportações e a tão ansiada geração de emprego e incremento da renda.

Criado no seu primeiro ano de gestão, defino alguns programa de incentivo como agentes desse cenário promissor. São eles o Prodeic (Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial), o Fundeic (Fundo de Desenvolvimento Industrial e Comercial) e o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), que ganha força com a recriação da Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste).

Essas frentes têm garantido um novo ciclo econômico para Mato Grosso, onde os valores agregados à nossa produção guardam estrita relação com a chegada de novas indústrias.

Na produção primária, indústrias que têm incentivos fiscais acabam por trazer outras - não incentivadas tributariamente -, o que chamamos de arrecadação indireta. Ainda assim, essas últimas encontram e Mato Grosso um mercado sólido para executarem suas produções. Nosso estado tornou-se atrativo também para fornecedores em geral e prestadores de serviços, que contribuem com o desenvolvimento da economia local.

É o começo de uma nova era. Depois de ocupar o lugar de maior produtor de grãos, Mato Grosso começa a caminhada rumo a uma nova etapa do desenvolvimento econômico, que é a agregação de valores à matéria prima, é um passo a mais na caminhada rumo à industrialização.

Numa conta simples, se pararmos para somar os incentivos dos programas do Prodeic, Fundeic e FCO nos últimos anos, só em MT foram beneficiadas 21,904 mil empresas e gerados mais de 202 mil empregos diretos. Com isso, o crescimento na geração de empregos no período de 2005 a 2012 atingiu 183,61%.

Se ainda restam dúvidas de que esses programas vêm fortalecendo a competitividade, diversificando a econômica e a participação nos mercados nacional e internacional, e ainda fomentando o comércio exterior, a prova foi o reconhecimento ao ‘líder’ que, há uma década, idealizou esse Mato Grosso em números positivos.

Na última semana o senador Blairo Maggi, foi condecorado com a medalha ‘Ordem do Mérito Industrial’ pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), graças aos relevantes serviços prestados ao setor industrial e à sociedade. Na verdade, longe dos holofotes, esse prêmio traduz o atual cenário em que Mato Grosso se encontra. E que precisa, sem dúvida alguma continuar inserido, pois, se um primeiro passo foi dado, tantos outros precisam ser seguidos pelo exemplo que nos foi deixado.

Se a honraria foi entregue a Blairo Maggi pelo trabalho desempenhado enquanto governador de Mato Grosso - quando desenvolveu fortemente uma política de atração de novas indústrias -, muito mais ganhou o Estado, com seu povo ordeiro que soube compreender a magnitude dessa visão, conferindo-lhe a confiança do voto, e por isso, hoje, partilha com o nobre senador tamanho reconhecimento. Parabéns ao Blairo, mas a ordem do mérito também é nossa!

*José Alexandre Schutze é presidente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de Mato Grosso - jaschutze@terra.com.br



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