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Domingo - 12 de Agosto de 2012 às 22:00
Por: Lourembergue Alves

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         Nova pesquisa de intenção de votos a prefeito de Cuiabá. Porém, o cenário político-eleitoral continua o mesmo de antes. Nenhuma mudança. Pelo andar da carruagem eleitoral, candidato algum mudará sua colocação de início. Isso é ruim. Bem mais quando se percebe a incapacidade dos postulantes retardatários. Não reagem, e até parecem conformados com os lugares em que lhes foram reservados na fotografia divulgada.

         Situação, contudo, ignorada por suas equipes. Tanto que não se vê, nem se observa troca de estratégias, tampouco a substituição de palavras usadas em comícios. Comícios que, muitas vezes, são enfadonhos e longe do poder de conquista do voto. Ainda que anunciadores de presenças de lideranças nacionais, as quais pouco ou quase nada podem fazer para mudar a foto já publicada. Pois para que esta mesma fotografia seja mudada precisaria muito mais do que falações de alguém alheio as coisas e as necessidades domésticas, as quais carecem mesmo de projetos e de ações capazes para suprirem as faltas.

         Assertiva que também vale para o líder nas pesquisas. Vale porque igualmente ele, infelizmente, repete o velho rosário de promessas, além de abraçar a político de outras plagas.  O que não explica a sua dianteira. Nem deveria. Até porque a taciturnidade, a miopia e a ausência de discurso dos demais concorrentes também não justificam o dito distanciamento, apesar de, contraditoriamente, os manterem nos lugares em que se encontram.

Nesse sentido, vale transcrever os números identificados pelo Gazeta Dados: Mauro Mendes, com 48%; Guilherme Maluf, 10%; Lúdio Cabral, 8%; Procurador Mauro, 4%; Carlos Brito, 3%.

Estes números são bastante claros. Anunciam uma decisão em primeiro turno. Mas eles podem não refletir a capacidade política de cada um dos concorrentes, e certamente não reflita, sobretudo de três deles – políticos já experimentados, aos quais se juntam “os dois Mauros” que, há muito, deixaram a condição de “marinheiro de primeira viagem”, diriam o leitor desavisado. A capacidade política, sozinha ou desacompanhada de outros fatores, no entanto, em determinados momentos, não leva qualquer postulante a vitória eleitoral.

Uma vitória eleitoral se dá nos detalhes, e é construída nos erros dos adversários. Erros que são percebidos em todas as campanhas. Equivocam-se quem diz ao contrário. Pois não são poucos os desacertos do socialista, petista, tucano, peessedista e do representante do PSOL.

Todos eles apresentaram, até agora, mais erros do que acertos. Erros ou desacertos que se somam a ausência de programa de governo. Os candidatos possuem, é claro, projeto pessoal ou grupal, e isso, entretanto, não pode, nem deve ser confundido com o coletivo ou de governo. O eleitorado sabe, evidentemente, disso. Ainda que haja, entre eles, torcedores, cabos eleitorais e profissionais contratados, os quais jamais olharão criticamente o cenário político-eleitoral.

         De todo modo, contudo, o atual quadro político-eleitoral não apresenta mudança alguma. Tudo que se tem hoje, em relação à campanha, é a mesma que já foi registrada em pesquisas anteriores. Situação que deve, muito mais, a falta de criatividade, de articulação, de idéias e de posicionamento político dos candidatos retardatários, em especial o socialista, tucano e petista.          

Lourembergue Alves é professor universitário e articulista de A Gazeta, escrevendo neste espaço às terças-feiras, sextas-feiras e aos domingos. E-mail: Lou.alves@uol.com.br.     



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