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Sexta - 23 de Março de 2012 às 10:39
Por: WILSON CARLOS FUÁ

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WILSON CARLOS FUÁ é economista, especialista em Administração Financeira e Recursos Humanos
WILSON CARLOS FUÁ é economista, especialista em Administração Financeira e Recursos Humanos
Um cuiabano pescador da Boca do Pari, foi contratado por um político famoso para ser piloto do seu Barco, e como não era época de eleição, o político tornou-se arrogante, prepotente, sabichão e começou a humilhar o barqueiro, demonstrando sua sabedoria diante da ignorância escolar do mesmo, e debochava perguntando sobre filosofia e sociologia, procurando mostrar sua sabedoria ao barqueiro.

E perguntava: Você sabe o que é filosofia? O que é sociologia?
- ‘Não’ – respondeu o barqueiro. – ‘Mas conheço o que a natureza me ensinou para desempenhar bem o meu trabalho e conhecer os rebojos’.
- Saiba de uma coisa pescador cuiabano, você é meio homem e meio burro, e só viveu e não estudou, por isso perdeu metade de sua vida’!
No meio do rio, o barco bateu numa pedra, e virou.

O barqueiro nadava para uma das margens, quando viu o político se afogando.
- ‘Não sei nadar’! – gritava desesperado o político.
– ‘Já quase morrendo afogado o político disse ao barqueiro, momentos atrás eu havia lhe dito que você perdeu metade de sua vida por não conhecer filosofia e sociologia e não ter estudado, e agora perco a minha vida inteira por não entender coisas tão simples como nadar, conhecer as correntezas e os rebojos do Rio Cuiabá’!

A sabedoria preenche espaços, mas nunca faz com que um seja melhor do que o outro, o que existem são conhecimentos diferentes e que complementam uns aos outros.

Imagina uma pessoa largar praticamente de todos os seus afazeres, e se dispor a ser candidato, colocar sua vida exposta a todos, deixar sua história de vida ser às vezes maculada pela maldade que o próprio jogo político impõe. Ser candidato é correr risco e só vamos entender perfeitamente o milagre da vida deixando que o inesperado aconteça e o destino nos leve por caminhos desconhecidos.

Quantas vezes homens de bem, deixaram de participar da política, porque não acreditaram que Deus nos dá junto com o nascer do Sol, um novo dia formado por momentos que podemos mudar tudo para fazermos aos outros felizes. Quantas vezes diante de tantas coisas erradas ficamos a procurar seres iluminados (políticos decentes) que fingem que não existem e não percebem esses momentos, e mente para si mesmo que hoje é igual à ontem – e também será igual ao amanhã.

O verdadeiro político é um ser superior que percebe o instante mágico da população, tem o dom divino de responsabilizar pelos mais fracos, sabe incorporar o sofrimento daqueles que não tem com que contar e ao mesmo tempo sabe sentir-se realizado com a satisfação de outros.

Deus proporciona a esses seres superiores, ver muitas coisas além do infinito, e mesmo ao final do dia no seu profundo juízo mental e na reflexão do que foi feito e mesmo que deixou de fazer, é nesse momento que todas as forças do universo passam por eles e lhes permitem fazer milagres. As realizações políticas às vezes vêem em forma de benção, que aos incrédulos interpretam como conquistas, e esses momentos mágicos é que fazem os políticos buscarem novos sonhos, os políticos sofrem e vivem momentos difíceis, enfrentam muitas desilusões, mas o grande juízo para eles é olhar para trás, ter orgulho e satisfação de ter praticamente dado sua vida em nome de um povo ou de uma causa. Quantos como eu, como vocês, têm medo de correr esses riscos?

É porque talvez não queremos nos decepcionar, nunca ter desilusões, nem sofrer como aqueles que têm um sonho mutilado por não obter os votos necessários para eleger-se. Mas quando olhar para trás, e as lembranças virão em forma de questionamentos: “O que você fez de bom aos outros em recompensa aos milagres que Deus lhe deu? O que você fez dessa mente sábia e privilegiada que teu Mestre te confiou?

Será que na sua reflexão, concluirá que foi um ser dotado de egoísmo, que passou por esta querida Cuiabá e nada fez por ela, e levará toda essa saberia e talento para o fundo de uma cova do Cemitério da Piedade, será porque tinha medo de perder essas graças divinas?

A maior herança que um homem pode receber é a sua formação intelectual e se não souber aproveitá-la, tenha certeza que desperdiçou sua vida. Deus nos lembra das nossas missões até nos filhos que nos dá; imaginem um político que tenha recebido mais de 750 mil votos, que responsabilidade, hein!

(*) WILSON CARLOS FUÁ é economista, especialista em Administração Financeira e Recursos Humanos. E-mail: fuacba@hotmail.com



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