Toque de Alerta - toquedealerta.com.br
Encontro na Bolívia
Dia 11 de agosto em San Matias, Bolívia, vai haver um encontro de representantes dos 22 municípios do oeste do Estado com autoridades bolivianas.
De MT são ainda convidados o governo, Assembleia Legislativa e a bancada federal. No convite falam da presença do governador de Santa Cruz de la Sierra e até Evo Morales.
Quem sabe se quer recomeçar algo que nunca poderia ser interrompido ou a saída por asfalto de San Matias a Santa Cruz. Faltam uns 400 km para se concretizar essa alternativa de comércio para MT.
É cansativo repetir que MS está conectado por asfalto com a Bolívia. O asfalto foi feito por empresas brasileiras com empréstimos do BNDES e da CAF.
Em 2008 ,a Bolívia conseguiu empréstimos do BNDES para estrada rumo ao porto de Ilo no Peru e também para a outra que iria para o porto de Arica no Chile. Estradas que beneficiaram MS e também Rondônia.
Os empréstimos seriam pagos em 20 anos, com cinco de carência e juros de 3% ao ano. Quem tomou o empréstimo e vai pagá-lo é o governo da Bolívia para fazer estradas que talvez beneficiem até mais o Brasil do que aquele país.
Por que, diabos, não se vê nenhuma movimentação nesse sentido do lado nosso? Por que não se foi ainda saber se as autoridades bolivianas tem interesse de ligar o país deles por asfalto com um estado muito mais forte em exportação do que o MS ou Rondônia? Se positivo, o BNDES faria novo empréstimo ao país vizinho?
O maior trabalho seria convencer o governo daquele país a abraçar a ideia.
Antes havia a alegação de que Evo Morales não queria isso porque fortaleceria Santa Cruz, onde não era bem votado. Acabou isso, ele ganhou a última eleição ali.
Por que não conversar com as autoridades de Santa Cruz sobre essa ideia se MT não vai gastar nada, a não ser saliva e diplomacia? Se não der certo, ficamos onde estamos, mas pelo menos tentamos.
Seria a tentativa de MT chegar ao mercado andino de cerca de 150 milhões de habitantes, com um PIB global que beira um trilhão de dólares.
O aumento das relações comerciais com a Bolívia e região poderia abrir espaço para um relacionamento maior do estado com a Bolívia no combate ao tráfico de drogas, roubo de carros, inibir a presença de delinquentes brasileiros vivendo em cidades de fronteiras com aquele país.
Fatos que seriam tão ou mais benéficos que o comércio em si.
Mas, afinal, por que não levantar tudo sobre a rodovia Corumbá-Santa Cruz: quem paga, quem fez, por que fizeram, o que transportam em ambas as direções. Com esses dados conversar com autoridades da Bolívia sobre essa alternativa. O que impede essa ação?
O governo Taques poderia assumir esse movimento, fugir do estranho posicionamento do Blairo e Silval que viraram as costas para a Bolívia e os países andinos.
MT é que perdeu.
ALFREDO DA MOTA MENEZES é historiador e analista político em Cuiabá.
pox@terra.com.br site:
www.alfredomenezes.com
De MT são ainda convidados o governo, Assembleia Legislativa e a bancada federal. No convite falam da presença do governador de Santa Cruz de la Sierra e até Evo Morales.
Quem sabe se quer recomeçar algo que nunca poderia ser interrompido ou a saída por asfalto de San Matias a Santa Cruz. Faltam uns 400 km para se concretizar essa alternativa de comércio para MT.
É cansativo repetir que MS está conectado por asfalto com a Bolívia. O asfalto foi feito por empresas brasileiras com empréstimos do BNDES e da CAF.
Em 2008 ,a Bolívia conseguiu empréstimos do BNDES para estrada rumo ao porto de Ilo no Peru e também para a outra que iria para o porto de Arica no Chile. Estradas que beneficiaram MS e também Rondônia.
Os empréstimos seriam pagos em 20 anos, com cinco de carência e juros de 3% ao ano. Quem tomou o empréstimo e vai pagá-lo é o governo da Bolívia para fazer estradas que talvez beneficiem até mais o Brasil do que aquele país.
Por que, diabos, não se vê nenhuma movimentação nesse sentido do lado nosso? Por que não se foi ainda saber se as autoridades bolivianas tem interesse de ligar o país deles por asfalto com um estado muito mais forte em exportação do que o MS ou Rondônia? Se positivo, o BNDES faria novo empréstimo ao país vizinho?
O maior trabalho seria convencer o governo daquele país a abraçar a ideia.
Antes havia a alegação de que Evo Morales não queria isso porque fortaleceria Santa Cruz, onde não era bem votado. Acabou isso, ele ganhou a última eleição ali.
Por que não conversar com as autoridades de Santa Cruz sobre essa ideia se MT não vai gastar nada, a não ser saliva e diplomacia? Se não der certo, ficamos onde estamos, mas pelo menos tentamos.
Seria a tentativa de MT chegar ao mercado andino de cerca de 150 milhões de habitantes, com um PIB global que beira um trilhão de dólares.
O aumento das relações comerciais com a Bolívia e região poderia abrir espaço para um relacionamento maior do estado com a Bolívia no combate ao tráfico de drogas, roubo de carros, inibir a presença de delinquentes brasileiros vivendo em cidades de fronteiras com aquele país.
Fatos que seriam tão ou mais benéficos que o comércio em si.
Mas, afinal, por que não levantar tudo sobre a rodovia Corumbá-Santa Cruz: quem paga, quem fez, por que fizeram, o que transportam em ambas as direções. Com esses dados conversar com autoridades da Bolívia sobre essa alternativa. O que impede essa ação?
O governo Taques poderia assumir esse movimento, fugir do estranho posicionamento do Blairo e Silval que viraram as costas para a Bolívia e os países andinos.
MT é que perdeu.
ALFREDO DA MOTA MENEZES é historiador e analista político em Cuiabá.
pox@terra.com.br site:
www.alfredomenezes.com
URL Fonte: https://toquedealerta.com.br/artigo/44/visualizar/