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Domingo - 19 de Julho de 2015 às 09:51
Por: Lourembergue Alves

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Uma aliança político-eleitoral se dá, e é discutida por várias premissas, desde que estas não abortem o nome previsto para ser o cabeça-de-chapa.

É sempre a favor deste e contra os demais que possam surgir em agremiações adversárias. Uma ou outra destas pode ou não ser cooptada. Cooptada a troco de cargos, por quem se encontra à frente da administração pública.

É a partir daqui, cabe dizer, que se deve discutir a indicação e a posse do novo secretário de Habitação e Regularização Fundiária de Cuiabá, Paulo Borges.

O novo secretário é filiado do PSDB. Indicado e nomeado depois que ocorreu a migração tucana da oposição para a base do governo na Câmara Cuiabana.

Quando da data dessa migração, os líderes da sigla juraram não estar de olho na gestão Mauro Mendes.

Agora se sabe que o tal juramento foi ‘para inglês ver‘, assim como também não falavam a verdade quando negavam que estaria junto do prefeito na candidatura a reeleição em 2016.

É claro que, nesse processo, se encontra a possibilidade do ingresso do PSDB na coligação encabeçada por Mauro Mendes.

Ainda que se saiba da divisão dentro do ninho: existe quem o defende por falta de um nome forte para a disputa pela prefeitura e os que se colocam contrários ao tal ingresso, sob a argumentação de candidatura própria para o fortalecimento da sigla.

O fato, porém, é que o partido já se alinhou a candidatura à reeleição do Mauro Mendes tão logo foi empossado como secretário um de seus membros. Há quem acredita, e não sem razão, que o PSDB/cuiabano sonha com indicação do candidato a vice-prefeito na chapa do Mauro Mendes.

Aqui, porém, tem um grande problema. Problema que deve se ampliar, e, então, provocar uma série de especulações. Pois a candidatura à vice também é sondada e sonhada por outros políticos, a exemplo do governador Pedro Taques e do senador Blairo Maggi.

Não é que o governador e o senador queiram sair para a disputa em 2016. Nada disso. Eles querem se valer da indicação do vice para se fortalecerem para 2018. Ambos deverão, portanto, apoiar o prefeito.

Mas querem ter, separadamente, o direito de indicar o nome que irá compor com o prefeito cuiabano.

Acontece que o Blairo Maggi deverá mesmo ir para o PMDB, e isto pode afastar os peemedebistas de repetirem a aliança com o PT na Capital. Isto porque o ex-governador e senador jamais deixará de apoiar, pedir votos para o prefeito Mauro Mendes na eleição do ano vindouro.

Por outro lado, o governador Pedro Taques certamente já deve ter sido orientado a não subir no palanque onde possa estar gente diretamente ligada ao governo Silval Barbosa. Isto por motivos óbvios.

Um deles, claro, é a de não enfraquecer o discurso-denúncia com o qual até agora o pedetista tomou posse na chefia do Executivo mato-grossense.

De todo modo, a indicação do candidato a vice-prefeito na chapa Mauro Mendes será bastante discutida.

Com tendência a repetir o que ocorreu em 2012, com o confronto indireto entre João Malheiros (PR) e o Francisco Vuolo (PR), só que agora com outros personagens de várias siglas.

LOUREMBERGUE ALVES é professor universitário e analista político em Cuiabá.
alves@uol.com.br


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