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Estratégia de campanha
Em razão das próximas eleições, partidos, lideranças políticas e ocupantes de cargos eletivos começam a negociar palanques eleitorais.
É grande a movimentação no interior do Estado, sempre ao som da cantilena de ampliação do quadro de filiados.
O PSDB e o PSB saíram na frente. Mas, a exemplo das demais siglas, desacompanhados de projetos e de programas, os quais deveriam ter sido construídos entre 2012 e 2013.
Mesmo assim, cabe lembrar, as visitas aos municípios não deixam de ser importantes, pois as disputas municipais são aperitivos ou preliminares das eleições gerais, cujos cenários se iniciam com o resultado daquelas. As cúpulas partidárias sabem disso.
Tanto que, de acordo com o noticiário de outro dia, o PR - embora dividido - pretende fazer com que seus deputados estaduais se lancem candidatos em 2016.
Trata-se de uma estratégia muito boa, e bastante utilizada no passado, inclusive no período que antecedeu ao regime burocrático-militar.
O PTB - o antigo, não o do Galindo, mas o do Júlio Muller e do Wilson Fadul - foi à agremiação que melhor se colocou como partido estrategista em toda a história da política mato-grossense, com vistas ao seu próprio fortalecimento e a do seu candidato ao governo do Estado.
É exatamente o que pretendem os republicanos agora, com menos habilidade e capacidade dos petebistas dos anos 1950 e 1960, é claro.
Pois aqueles levam em consideração a construção de uma base eleitoral para lançar o senador Wellington Fagundes à disputa pela cadeira central do Palácio Paiaguás, em 2018.
Entende-se, portanto, a razão pela qual o PR tenta convencer quatro de seus cinco deputados estaduais a saírem candidatos a prefeito em 2016: Nininho ou Sebastião Rezende para a prefeitura de Rondonópolis, Mauro Savi para a de Sorriso, Wagner Ramos para a de Tangará da Serra, Emanuel Pinheiro para a de Cuiabá.
Existe entre eles certa resistência, especialmente por parte deste último. Mas, não há dúvida, quando bem planejada, pode surtir o efeito desejado.
Contudo, é preciso dizer: uma eleição para o Executivo é bastante diferente da disputa pelas cadeiras da Assembleia Legislativa.
Por outro lado, o êxito obtido nas eleições nos municípios não garante vitória eleitoral para o governo estadual.
Aliás, em 2002, o PSDB contava com mais de cinquenta prefeituras, mais o governador e uma quantia significativa de vereadores, porém o seu candidato, Antero Paes de Barros, perdeu a disputa para o governo.
O mesmo ocorreu com a Sra. Janete Riva no ano passado, cujo partido, o PSD, tem trinta e nove prefeitos e uma porção de vereadores.
O cenário político-eleitoral saído das urnas municipais ajuda quaisquer candidatos à chefia da administração pública regional.
Mas, cabe lembrar, não decide a eleição de governador. O eleitorado costuma se posicionar diferentemente nas duas eleições.
Bem mais quando ele percebe que inexistem projetos e programas norteando as campanhas. Pois os tais projetos e programas deveriam ser construídos muito antes, com a contribuição da população.
LOUREMBERGUE ALVES é professor universitário e articulista político em Cuiabá.
lou.alves@uol.com.br
É grande a movimentação no interior do Estado, sempre ao som da cantilena de ampliação do quadro de filiados.
O PSDB e o PSB saíram na frente. Mas, a exemplo das demais siglas, desacompanhados de projetos e de programas, os quais deveriam ter sido construídos entre 2012 e 2013.
Mesmo assim, cabe lembrar, as visitas aos municípios não deixam de ser importantes, pois as disputas municipais são aperitivos ou preliminares das eleições gerais, cujos cenários se iniciam com o resultado daquelas. As cúpulas partidárias sabem disso.
Tanto que, de acordo com o noticiário de outro dia, o PR - embora dividido - pretende fazer com que seus deputados estaduais se lancem candidatos em 2016.
Trata-se de uma estratégia muito boa, e bastante utilizada no passado, inclusive no período que antecedeu ao regime burocrático-militar.
O PTB - o antigo, não o do Galindo, mas o do Júlio Muller e do Wilson Fadul - foi à agremiação que melhor se colocou como partido estrategista em toda a história da política mato-grossense, com vistas ao seu próprio fortalecimento e a do seu candidato ao governo do Estado.
É exatamente o que pretendem os republicanos agora, com menos habilidade e capacidade dos petebistas dos anos 1950 e 1960, é claro.
Pois aqueles levam em consideração a construção de uma base eleitoral para lançar o senador Wellington Fagundes à disputa pela cadeira central do Palácio Paiaguás, em 2018.
Entende-se, portanto, a razão pela qual o PR tenta convencer quatro de seus cinco deputados estaduais a saírem candidatos a prefeito em 2016: Nininho ou Sebastião Rezende para a prefeitura de Rondonópolis, Mauro Savi para a de Sorriso, Wagner Ramos para a de Tangará da Serra, Emanuel Pinheiro para a de Cuiabá.
Existe entre eles certa resistência, especialmente por parte deste último. Mas, não há dúvida, quando bem planejada, pode surtir o efeito desejado.
Contudo, é preciso dizer: uma eleição para o Executivo é bastante diferente da disputa pelas cadeiras da Assembleia Legislativa.
Por outro lado, o êxito obtido nas eleições nos municípios não garante vitória eleitoral para o governo estadual.
Aliás, em 2002, o PSDB contava com mais de cinquenta prefeituras, mais o governador e uma quantia significativa de vereadores, porém o seu candidato, Antero Paes de Barros, perdeu a disputa para o governo.
O mesmo ocorreu com a Sra. Janete Riva no ano passado, cujo partido, o PSD, tem trinta e nove prefeitos e uma porção de vereadores.
O cenário político-eleitoral saído das urnas municipais ajuda quaisquer candidatos à chefia da administração pública regional.
Mas, cabe lembrar, não decide a eleição de governador. O eleitorado costuma se posicionar diferentemente nas duas eleições.
Bem mais quando ele percebe que inexistem projetos e programas norteando as campanhas. Pois os tais projetos e programas deveriam ser construídos muito antes, com a contribuição da população.
LOUREMBERGUE ALVES é professor universitário e articulista político em Cuiabá.
lou.alves@uol.com.br
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