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É assustador
Um relatório da ONU sobre drogas diz que o Brasil é o principal país usado por traficantes para levar cocaína produzida nos países andinos para a Europa. A droga apreendida que passa pelo Brasil saltou de 339 quilos em 2005 para 1.5 tonelada em 2009.
Além de ser passagem maior do tráfico de cocaína para a Europa, também aumentou a apreensão da droga no Brasil. Saltou de oito toneladas em 2004 para 24 toneladas em 2009. Ou seja, o Brasil está usando muito mais cocaína que antes.
Informa ainda o relatório que o Brasil foi o país que registrou a maior quantidade de apreensão de crack nas três Américas. Em 2009 foram interceptados 374 quilos dessa droga. Número superior ao que foi apreendido no Panamá (194 quilos), EUA (163 quilos) e Venezuela (80 quilos). Ou seja, o Brasil recebe e consome mais crack até que os EUA.
O relatório diz ainda que o plantio de coca na região andina, matéria-prima para o crack e cocaína, caiu 32% nos últimos dez anos. Passou de 221 mil hectares plantadas para 149 mil hectares. O documento atribui o declínio à queda de produção na Colômbia. Este país, mais Peru e Bolívia produzem quase toda a coca plantada no mundo.
Na Colômbia, com combate duro do governo local e ajudado pelos EUA, o plantio caiu bastante. Onde não caiu, aliás, aumentou, foi na Bolívia. O governo norte-americano diz que aquele país está plantando mais coca legal e ilegal. Legal é aquela quantidade de hectares que se permite plantar para uso dos costumes do país. Mas o que se fala é sobre a quantia que é produzida além do que é legal.
Os números do relatório da ONU são contundentes. É um relatório oficial, sem suposta perseguição política. De um órgão que goza de credibilidade mundial. Dói perceber que no Brasil e MT se preocupou muito mais com os carros roubados que seriam legalizados pelo governo boliviano do que com esse assustador relatório da ONU.
O Brasil aumentou consideravelmente a apreensão de droga que, digamos, seria consumida aqui. E 80% dela, diz a Polícia Federal, vem da Bolívia. Uma parte deve passar por nossa fronteira.
Vê-se que o exemplo dos EUA trabalhando junto com o governo colombiano diminuiu a produção ali. Na Bolívia havia esse ajuda. Evo Morales resolveu romper o acordo com os norte-americanos. Foram embora.
O governo de MT tem a obrigação de se aproximar da Bolívia, como já faz o Mato Grosso do Sul, para um trabalho maior em conjunto com o governo brasileiro.
Se não encontrarmos uma maneira de fazer um trabalho com o governo boliviano temo que se repita aqui o que ocorre nos EUA. A maior potência militar e tecnológica do mundo não consegue diminuir a entrada de droga ali. O aparato brasileiro na fronteira é que vai conseguir?
Alfredo da Mota Menezes escreve em A Gazeta às terças, quintas e aos domingos. E-mail: pox@terra.com.br. Site: www.alfredomenezes.com
Além de ser passagem maior do tráfico de cocaína para a Europa, também aumentou a apreensão da droga no Brasil. Saltou de oito toneladas em 2004 para 24 toneladas em 2009. Ou seja, o Brasil está usando muito mais cocaína que antes.
Informa ainda o relatório que o Brasil foi o país que registrou a maior quantidade de apreensão de crack nas três Américas. Em 2009 foram interceptados 374 quilos dessa droga. Número superior ao que foi apreendido no Panamá (194 quilos), EUA (163 quilos) e Venezuela (80 quilos). Ou seja, o Brasil recebe e consome mais crack até que os EUA.
O relatório diz ainda que o plantio de coca na região andina, matéria-prima para o crack e cocaína, caiu 32% nos últimos dez anos. Passou de 221 mil hectares plantadas para 149 mil hectares. O documento atribui o declínio à queda de produção na Colômbia. Este país, mais Peru e Bolívia produzem quase toda a coca plantada no mundo.
Na Colômbia, com combate duro do governo local e ajudado pelos EUA, o plantio caiu bastante. Onde não caiu, aliás, aumentou, foi na Bolívia. O governo norte-americano diz que aquele país está plantando mais coca legal e ilegal. Legal é aquela quantidade de hectares que se permite plantar para uso dos costumes do país. Mas o que se fala é sobre a quantia que é produzida além do que é legal.
Os números do relatório da ONU são contundentes. É um relatório oficial, sem suposta perseguição política. De um órgão que goza de credibilidade mundial. Dói perceber que no Brasil e MT se preocupou muito mais com os carros roubados que seriam legalizados pelo governo boliviano do que com esse assustador relatório da ONU.
O Brasil aumentou consideravelmente a apreensão de droga que, digamos, seria consumida aqui. E 80% dela, diz a Polícia Federal, vem da Bolívia. Uma parte deve passar por nossa fronteira.
Vê-se que o exemplo dos EUA trabalhando junto com o governo colombiano diminuiu a produção ali. Na Bolívia havia esse ajuda. Evo Morales resolveu romper o acordo com os norte-americanos. Foram embora.
O governo de MT tem a obrigação de se aproximar da Bolívia, como já faz o Mato Grosso do Sul, para um trabalho maior em conjunto com o governo brasileiro.
Se não encontrarmos uma maneira de fazer um trabalho com o governo boliviano temo que se repita aqui o que ocorre nos EUA. A maior potência militar e tecnológica do mundo não consegue diminuir a entrada de droga ali. O aparato brasileiro na fronteira é que vai conseguir?
Alfredo da Mota Menezes escreve em A Gazeta às terças, quintas e aos domingos. E-mail: pox@terra.com.br. Site: www.alfredomenezes.com
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