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Várzea Grande
Várzea Grande tem 250 mil habitantes, segunda mais populosa cidade do Estado. Ali se tem também o segundo colégio eleitoral, 180 mil eleitores.
Tem hoje o terceiro orçamento das cidades do estado, antes era segundo, foi suplantada por Rondonópolis.
Em saneamento, a cidade está na posição 97 entre as cem maiores do país. Se não tivessem matado o projeto BID-Pantanal, a cidade poderia ter um sistema de esgoto mais adequado.
O projeto previa tratamento de esgoto para cidades que poluem o Pantanal.
Em educação, em aferições diferentes, Várzea Grande está nos últimos lugares no estado. Saúde é também precária.
Não é mais ainda porque parte da população dali vem para Cuiabá para atendimento médico.
Muita gente, principalmente do Cristo Rei, prefere atravessar a ponte Sérgio Mota e ser atendido pelo setor de saúde da capital.
Várzea Grande está na beira do rio Cuiabá e tem mais de 80 poços artesianos. A malha viária urbana talvez seja a mais deteriorada de todo o estado.
Prefeitos dali, mesmo nos momentos de bonança política, faziam asfalto casca de ovo para atingir o maior número de rua possível e ajudar na próxima eleição.
A deterioração atual do asfalto vem, em grande parte, dessa suposta sabedoria política.
Poço artesiano era outra maneira de ganhar o eleitor de uma dada região.
A vivência política dali era da jogada esperta, tapinha nas costas, compadrio. Quase ninguém pagava (e ainda não paga) IPTU porque prefeitos não queriam perturbar o eleitor.
Tinha político que quitava as contas de água do eleitor como uma maneira de conseguir mais votos.
Outros nem quitavam com dinheiro, mas no arranjo com quem dirigia o setor da água.
Com um orçamento daquele, sem ter zona rural para tomar conta, a cidade poderia ser um modelo em educação, saúde, saneamento e ter asfalto de qualidade em suas ruas.
Se ela oferecesse serviço apropriado parte do boom imobiliário de Cuiabá teria chegado a Várzea Grande também.
Além do terceiro orçamento do estado, a cidade com o eleitorado que tem deveria receber muitas emendas parlamentares. Nem isso tem ocorrido.
Para atrapalhar ainda mais a vida das pessoas dali,não cessa a briga política.
Um grupo perde a eleição e procura atazanar a vida política e administrativa do outro. Entra outro grupo e o outro vai fazer oposição ferrenha.
Com os problemas que já tem seria difícil administrar a cidade se tudo corresse normal na política. Com políticos brigando e atrapalhando, a coisa chegou onde chegou.
O pior que está ocorrendo, segundo muitos várzea-grandenses, é a diminuição da autoestima da população local.
Uma liderança hoje teria como função maior tentar puxar isso para cima.
Se essa autoestima não melhorar, com população desacorçoada por tantas mazelas, a descida ladeira abaixo da cidade deve continuar.
ALFREDO DA MOTA MENEZES é historiador e articulista político em Cuiabá.
www.alfredomenezes.com
Tem hoje o terceiro orçamento das cidades do estado, antes era segundo, foi suplantada por Rondonópolis.
Em saneamento, a cidade está na posição 97 entre as cem maiores do país. Se não tivessem matado o projeto BID-Pantanal, a cidade poderia ter um sistema de esgoto mais adequado.
O projeto previa tratamento de esgoto para cidades que poluem o Pantanal.
Em educação, em aferições diferentes, Várzea Grande está nos últimos lugares no estado. Saúde é também precária.
Não é mais ainda porque parte da população dali vem para Cuiabá para atendimento médico.
Muita gente, principalmente do Cristo Rei, prefere atravessar a ponte Sérgio Mota e ser atendido pelo setor de saúde da capital.
Várzea Grande está na beira do rio Cuiabá e tem mais de 80 poços artesianos. A malha viária urbana talvez seja a mais deteriorada de todo o estado.
Prefeitos dali, mesmo nos momentos de bonança política, faziam asfalto casca de ovo para atingir o maior número de rua possível e ajudar na próxima eleição.
A deterioração atual do asfalto vem, em grande parte, dessa suposta sabedoria política.
Poço artesiano era outra maneira de ganhar o eleitor de uma dada região.
A vivência política dali era da jogada esperta, tapinha nas costas, compadrio. Quase ninguém pagava (e ainda não paga) IPTU porque prefeitos não queriam perturbar o eleitor.
Tinha político que quitava as contas de água do eleitor como uma maneira de conseguir mais votos.
Outros nem quitavam com dinheiro, mas no arranjo com quem dirigia o setor da água.
Com um orçamento daquele, sem ter zona rural para tomar conta, a cidade poderia ser um modelo em educação, saúde, saneamento e ter asfalto de qualidade em suas ruas.
Se ela oferecesse serviço apropriado parte do boom imobiliário de Cuiabá teria chegado a Várzea Grande também.
Além do terceiro orçamento do estado, a cidade com o eleitorado que tem deveria receber muitas emendas parlamentares. Nem isso tem ocorrido.
Para atrapalhar ainda mais a vida das pessoas dali,não cessa a briga política.
Um grupo perde a eleição e procura atazanar a vida política e administrativa do outro. Entra outro grupo e o outro vai fazer oposição ferrenha.
Com os problemas que já tem seria difícil administrar a cidade se tudo corresse normal na política. Com políticos brigando e atrapalhando, a coisa chegou onde chegou.
O pior que está ocorrendo, segundo muitos várzea-grandenses, é a diminuição da autoestima da população local.
Uma liderança hoje teria como função maior tentar puxar isso para cima.
Se essa autoestima não melhorar, com população desacorçoada por tantas mazelas, a descida ladeira abaixo da cidade deve continuar.
ALFREDO DA MOTA MENEZES é historiador e articulista político em Cuiabá.
www.alfredomenezes.com
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