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Consciência do tempo
Quantas vezes ao dia você ouve ou diz a frase “estou sem tempo”. Já parou para pensar? É comum também ouvir dizer que o tempo está voando. Imagine só, parece que foi ontem que brindamos o ano de 2011, exagero à parte, é assim que muitos se expressam. Outro dia ouvi um amigo dizer que ainda tem ovo de Páscoa na geladeira e já está chegando o Dia dos Namorados. Certamente se espantará, também, com a chegada do Natal ao perceber que nem curtiu o Dia dos Pais com seus filhos e já tem outra data para comemorar em família.
Parece loucura, esta sensação de que o tempo hoje está passando mais depressa do que no século passado. Não há estudos científicos, pelo menos que eu conheça, que comprovem que o tempo está passando mais rápido. Há, por outro lado, estudos sobre a consciência que se tem do tempo.
Há quem diga que, baseando-se em estudos exploratórios, com pessoas de diversas faixas etárias, que a percepção da passagem do tempo tem sua velocidade que varia de acordo com a idade, e também de épocas. Por exemplo, para a criança o tempo demora mais a passar, assim como demorava mais também para quem vivia no início do século.
Uma matéria do jornalista Márcio Tuffani aborda um estudo, neste sentido, realizado em 1997 pelos pesquisadores James Tien e James Burnes, do Instituto Politécnico Rensselaer, em Troy, no Estado de Nova York. No levantamento os cientistas mostraram a percepção do tempo entre grupos de idades diferentes. Para se ter uma ideia do resultado, o mais jovem teve a percepção de um minuto acabar em 55 segundos, 8,3 mais lento. Para os que integraram o grupo na faixa de 40 anos, foi 9% mais rápido e para os mais velhos a variação foi de 23%. Ou seja, precisou se passar 74 segundos, para que percebessem ter passado 60.
Os estudos dos cientistas leva a reflexões de que as experiências e ações que desenvolvemos, ao que tudo indica, nos dão outras sensações a respeito do tempo. Ou seja, tudo que já vivemos parece que passa mais rápido. Isso é muito comum ocorrer quando viajamos várias vezes para o mesmo local.
Falando de ter a sensação do tempo passar rápido demais, chego à conclusão de que o pior é sentir que o tempo que temos não é suficiente. Penso que só quem faz do tempo um aliado pode ter mais sucesso ao usá-lo. Diante disso, acredito que quando percebemos que o tempo nos falta é porque num dado momento de nossas vidas o perdemos com a pressa e com atividades estressantes, que vão até mesmo além dos nossos limites.
Temos que tomar cuidado quando os ponteiros dos relógios caminham no sentido do tempo perdido. Afinal, os inimigos do tempo assumem responsabilidades, que nem se o dia tivesse 30 horas poderiam executá-las. Encerro com uma frase do escritor Victor Hugo, “a vida já é curta e nós a encurtamos ainda mais desperdiçando o tempo”.
Pedro Nadaf é secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia e presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-MT
Parece loucura, esta sensação de que o tempo hoje está passando mais depressa do que no século passado. Não há estudos científicos, pelo menos que eu conheça, que comprovem que o tempo está passando mais rápido. Há, por outro lado, estudos sobre a consciência que se tem do tempo.
Há quem diga que, baseando-se em estudos exploratórios, com pessoas de diversas faixas etárias, que a percepção da passagem do tempo tem sua velocidade que varia de acordo com a idade, e também de épocas. Por exemplo, para a criança o tempo demora mais a passar, assim como demorava mais também para quem vivia no início do século.
Uma matéria do jornalista Márcio Tuffani aborda um estudo, neste sentido, realizado em 1997 pelos pesquisadores James Tien e James Burnes, do Instituto Politécnico Rensselaer, em Troy, no Estado de Nova York. No levantamento os cientistas mostraram a percepção do tempo entre grupos de idades diferentes. Para se ter uma ideia do resultado, o mais jovem teve a percepção de um minuto acabar em 55 segundos, 8,3 mais lento. Para os que integraram o grupo na faixa de 40 anos, foi 9% mais rápido e para os mais velhos a variação foi de 23%. Ou seja, precisou se passar 74 segundos, para que percebessem ter passado 60.
Os estudos dos cientistas leva a reflexões de que as experiências e ações que desenvolvemos, ao que tudo indica, nos dão outras sensações a respeito do tempo. Ou seja, tudo que já vivemos parece que passa mais rápido. Isso é muito comum ocorrer quando viajamos várias vezes para o mesmo local.
Falando de ter a sensação do tempo passar rápido demais, chego à conclusão de que o pior é sentir que o tempo que temos não é suficiente. Penso que só quem faz do tempo um aliado pode ter mais sucesso ao usá-lo. Diante disso, acredito que quando percebemos que o tempo nos falta é porque num dado momento de nossas vidas o perdemos com a pressa e com atividades estressantes, que vão até mesmo além dos nossos limites.
Temos que tomar cuidado quando os ponteiros dos relógios caminham no sentido do tempo perdido. Afinal, os inimigos do tempo assumem responsabilidades, que nem se o dia tivesse 30 horas poderiam executá-las. Encerro com uma frase do escritor Victor Hugo, “a vida já é curta e nós a encurtamos ainda mais desperdiçando o tempo”.
Pedro Nadaf é secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia e presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-MT
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