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Domingo - 29 de Maio de 2011 às 18:48
Por: Alfredo da Mota Menezes

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Alfredo da Mota Menezes escreve em A Gazeta às terças, quintas e aos domingos
Alfredo da Mota Menezes escreve em A Gazeta às terças, quintas e aos domingos

Geraldo Riva defendeu o sistema de transporte VLT para Cuiabá e Várzea Grande. Foi para mídia, enfrentou gente da Agecopa e até dois senadores. Se der o VLT, Riva seria o grande ganhador perante a opinião pública.

Nas rodas de classe média, o Riva era quase sempre bombardeado. Os processos contra ele eram o combustível das conversas. Sua votação em Cuiabá e Várzea Grande, que sempre sofre influência das coisas daqui, é pequena se comparada com sua atuação eleitoral no interior do estado. Lá o ajuda a ser campeão de votos.

Suas votações menores nos dois maiores colégios eleitorais talvez sejam pela presença maior da mídia por aqui. No interior os ecos das controvérsias sobre ele chegavam de maneira esmaecida.

Pois bem, em Cuiabá, nos mesmos círculos que antes só criticavam o Riva, já começam a surgir comentários positivos sobre ele. Que a coisa não era bem assim, que isso e mais aquilo ou que ele é trabalhador senão não seria líder na Assembleia por tão longo tempo.

Ele, ou a assessoria dele, podem apresentar dezenas de ações ou atos promovidos pelo Riva no parlamento estadual, mas duvido que tenha um, mesmo não sendo ato legislativo, que tenha dado tanta visibilidade positiva a ele em Cuiabá e Várzea Grande do que o caso atual do VLT. Se esse transporte sair e for tudo que se fala, seu cacife político crescerá nesta região.

Uma das perguntas da rua é saber por que os advogados do Riva não conseguem concluir os assuntos jurídicos dele. Ou pelo menos que tivessem vitórias de impacto. Se isso ocorrer, com a melhora da imagem dele nos dois centros eleitorais maiores, ele se credenciaria para uma candidatura majoritária em 2014.

Outra história. Cuiabá e região dominaram a política estadual por décadas. Só citando, da década de 1950 para cá, governadores que tinham berço e raízes aqui: Fernando Corrêa, João Ponce, Garcia Neto, Frederico Campos, Júlio e Jaime Campos, Bezerra e Dante. Egressos do hoje Mato Grosso do Sul, os “estrangeiros” foram somente Pedrossian e Fragelli.

Agora, olhando ao redor, qual personagem da região poderia disputar com sucesso a eleição para governador em 2014? Não muito tempo atrás sempre se podia citar meia dúzia ou mais de nomes. Hoje talvez apenas Jaime Campos tenha alguma chance.

O interior, a região do agronegócio, caminha para ter o domínio na política estadual. O que chama a atenção é que a antiga parte do estado que agora é o MS era mais forte politicamente que o interior de MT hoje. E assim mesmo Cuiabá se impunha. Hoje, mesmo com mais habitantes, é menor a presença de Cuiabá e o entorno na política estadual.

Alfredo da Mota Menezes escreve em A Gazeta às terças, quintas e aos domingos. E-mail: pox@terra.com.br; site: www.alfredomenezes.com



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