Toque de Alerta - toquedealerta.com.br
Duas histórias
Cento e dezesseis pessoas (56 vieram de outras cidades) esperam uma operação ortopédica no Pronto-Socorro e hospitais conveniados com a prefeitura de Cuiabá. Pacientes entrevistados por televisões falam quantos dias ou até meses estão esperando pelo serviço médico.
Conversei com ortopedistas e anestesistas sobre esse assunto. Dizem que num pacote grande de serviço, numa operação ortopédica pela outra, em que a de bacia é mais complicada e cara que um braço quebrado, daria para ser feita por uns três mil reais por paciente. Aí incluído o pagamento do médico, anestesista e o material usado. Tem consórcio de profissionais dessa área médica que toparia fazer essas operações.
Se os números estão corretos, 116 pacientes por três mil cada se teria um gasto de 348 mil reais. O sofrimento de tanta gente e o desgaste político enorme poderiam sair das manchetes por menos de 350 mil reais. Não dá para entender como se deixou chegar à atual situação.
Outro dia a Câmara de Vereadores de Cuiabá devolveu ao Executivo algo como 500 mil reais de dinheiro não gasto. Se a Câmara de Cuiabá, que anda sob intenso bombardeio por tantos fatos e estripulias, tivesse destinado aquele dinheiro para as operações ortopédicas teria sua imagem melhorada frente à população da capital. E ainda sobraria um troco para a prefeitura.
Outra história. O PDT de Mato Grosso está outra vez em luta interna. Agora foi a dissolução de diretórios através de uma carta aos membros. Um grupo não aceita a maneira que se tomou para reformar o partido. Reagiram com força e acusam Pedro Taques de autoritário.
A situação do senador do PDT é incômoda. Se contemporizar com os mais rebeldes, teria um partido dividido. Na hora de fazer os acertos políticos para a eleição do ano que vem, já pensando na de 2014, seria um puxa e estica cansativo.
Se atropelar os desafetos políticos internos, terá um grupo de gente brigando pela imprensa ou na Justiça contra os novos dirigentes do partido. Pedro Taques está num clássico se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
O PDT nacional ajuda a criar celeumas nesse partido. Uma última decisão da direção nacional diz que diretórios de cidades com mais de 200 mil habitantes, no caso de Cuiabá e Várzea Grande, podem se reportarem diretamente para o Diretório nacional. Desautoriza os diretórios estaduais. Daí a disputa pelos diretórios dos municípios maiores estarem também na base da desavença no PDT do estado.
No final, com desgaste, acho que a disputa será ganha pelo Pedro Taques. O PDT tem somente quatro senadores. A direção nacional não vai querer brigar com um deles, que pode até ser candidato ao governo. Mas, antes que isso aconteça, vai haver ainda muito tumulto lá por aquelas bandas. E para o Pedro, egresso de outra seara, deve ser um bom aprendizado.
Alfredo da Mota Menezes escreve em A Gazeta às terças, quintas e aos domingos. E-mail: pox@terra.com.br; site: www.alfredomenezes.com
Conversei com ortopedistas e anestesistas sobre esse assunto. Dizem que num pacote grande de serviço, numa operação ortopédica pela outra, em que a de bacia é mais complicada e cara que um braço quebrado, daria para ser feita por uns três mil reais por paciente. Aí incluído o pagamento do médico, anestesista e o material usado. Tem consórcio de profissionais dessa área médica que toparia fazer essas operações.
Se os números estão corretos, 116 pacientes por três mil cada se teria um gasto de 348 mil reais. O sofrimento de tanta gente e o desgaste político enorme poderiam sair das manchetes por menos de 350 mil reais. Não dá para entender como se deixou chegar à atual situação.
Outro dia a Câmara de Vereadores de Cuiabá devolveu ao Executivo algo como 500 mil reais de dinheiro não gasto. Se a Câmara de Cuiabá, que anda sob intenso bombardeio por tantos fatos e estripulias, tivesse destinado aquele dinheiro para as operações ortopédicas teria sua imagem melhorada frente à população da capital. E ainda sobraria um troco para a prefeitura.
Outra história. O PDT de Mato Grosso está outra vez em luta interna. Agora foi a dissolução de diretórios através de uma carta aos membros. Um grupo não aceita a maneira que se tomou para reformar o partido. Reagiram com força e acusam Pedro Taques de autoritário.
A situação do senador do PDT é incômoda. Se contemporizar com os mais rebeldes, teria um partido dividido. Na hora de fazer os acertos políticos para a eleição do ano que vem, já pensando na de 2014, seria um puxa e estica cansativo.
Se atropelar os desafetos políticos internos, terá um grupo de gente brigando pela imprensa ou na Justiça contra os novos dirigentes do partido. Pedro Taques está num clássico se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
O PDT nacional ajuda a criar celeumas nesse partido. Uma última decisão da direção nacional diz que diretórios de cidades com mais de 200 mil habitantes, no caso de Cuiabá e Várzea Grande, podem se reportarem diretamente para o Diretório nacional. Desautoriza os diretórios estaduais. Daí a disputa pelos diretórios dos municípios maiores estarem também na base da desavença no PDT do estado.
No final, com desgaste, acho que a disputa será ganha pelo Pedro Taques. O PDT tem somente quatro senadores. A direção nacional não vai querer brigar com um deles, que pode até ser candidato ao governo. Mas, antes que isso aconteça, vai haver ainda muito tumulto lá por aquelas bandas. E para o Pedro, egresso de outra seara, deve ser um bom aprendizado.
Alfredo da Mota Menezes escreve em A Gazeta às terças, quintas e aos domingos. E-mail: pox@terra.com.br; site: www.alfredomenezes.com
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