Toque de Alerta - toquedealerta.com.br
Sonho de articulista
Será que, como no passado, o serviço público será o setor dominante em empregos em Cuiabá? A agropecuária não é desenvolvida na região e indústrias não estão vindo para cá.
Além do emprego público, a cidade tem na prestação de serviços outra fonte de emprego. Mas já com limites. Sinop, no Nortão, e Rondonópolis, no Sul, se transformaram também em centros prestadores de serviços. Antes tudo era em Cuiabá, hoje nem tanto.
Volto a um assunto já tratado nesta coluna. O Vale do Rio Cuiabá teria que sofrer um impacto econômico para que Cuiabá e toda a região se beneficiassem. E há uma nesga de possibilidade.
Tem gente da agropecuária que quer comprar terras nesta área. Não podem mais ‘subir’ para a Amazônia. As cinco irmãs (Bunge, Cargill, ADM, Amaggi e Dreyfus) não financiam, nem compram soja produzida lá para cima. Satélites, Justiça Federal e Policia Federal atazanam a vida de quem infringir normas legais.
Esses produtores do campo estariam olhando para o Vale do Rio Cuiabá para comprar terras. Que, se comparada com outros lugares, é ainda barata. Já começaram a comprar na região do Marzagão, perto de Rosário Oeste. Gostariam de ir mais longe, mas no meio do caminho tem a questão ambiental. Não sabem onde podem comprar terras aqui por perto.
Já ouvi gente falar que esta região, com adubagem correta, poderia produzir milho e algodão. Um para tecidos e outro para alimentar aves e porcos para industrialização. Falam também em criar gado confinado.
Não sei informar se o Zoneamento Agroambiental aprovado define os detalhes do uso do solo de forma clara para esta região cheia de águas e meio ambiente frágil. Está ali que aqui se pode plantar milho e algodão? Se estiver, se o Zoneamento for aprovado no Conama, não tenho dúvidas que haveria um boom na compra de terras para a agropecuária nesta região.
Com produção perto, como no caso de outros municípios do estado, as indústrias poderiam vir. E se viessem, a qualidade e a quantidade do emprego mudariam de patamar. Haveria então na região empregos nos setores agropecuário e industrial, além da área de serviços e do setor público. O futuro seria mais interessante do que se mostra no momento.
Tudo bem, reconheço que vai um pouco de entusiasmo e sonho de articulista. Mas acho que você concorda que este tema mereceria mais estudos, debates e análises. Um assunto que, se deslanchasse, daria vida nova a Cuiabá e toda a região no seu entorno.
Vizinhos pobres só aumentam as agruras da capital. Lá não tem empregos e jovens vem para cá na busca de algo que anda escasso. Engrossam os problemas da periferia.
Alfredo da Mota Menezes escreve em A Gazeta às terças, quintas e aos domingos. E-mail: pox@terra.com.br. Site: www.alfredomenezes.com
Além do emprego público, a cidade tem na prestação de serviços outra fonte de emprego. Mas já com limites. Sinop, no Nortão, e Rondonópolis, no Sul, se transformaram também em centros prestadores de serviços. Antes tudo era em Cuiabá, hoje nem tanto.
Volto a um assunto já tratado nesta coluna. O Vale do Rio Cuiabá teria que sofrer um impacto econômico para que Cuiabá e toda a região se beneficiassem. E há uma nesga de possibilidade.
Tem gente da agropecuária que quer comprar terras nesta área. Não podem mais ‘subir’ para a Amazônia. As cinco irmãs (Bunge, Cargill, ADM, Amaggi e Dreyfus) não financiam, nem compram soja produzida lá para cima. Satélites, Justiça Federal e Policia Federal atazanam a vida de quem infringir normas legais.
Esses produtores do campo estariam olhando para o Vale do Rio Cuiabá para comprar terras. Que, se comparada com outros lugares, é ainda barata. Já começaram a comprar na região do Marzagão, perto de Rosário Oeste. Gostariam de ir mais longe, mas no meio do caminho tem a questão ambiental. Não sabem onde podem comprar terras aqui por perto.
Já ouvi gente falar que esta região, com adubagem correta, poderia produzir milho e algodão. Um para tecidos e outro para alimentar aves e porcos para industrialização. Falam também em criar gado confinado.
Não sei informar se o Zoneamento Agroambiental aprovado define os detalhes do uso do solo de forma clara para esta região cheia de águas e meio ambiente frágil. Está ali que aqui se pode plantar milho e algodão? Se estiver, se o Zoneamento for aprovado no Conama, não tenho dúvidas que haveria um boom na compra de terras para a agropecuária nesta região.
Com produção perto, como no caso de outros municípios do estado, as indústrias poderiam vir. E se viessem, a qualidade e a quantidade do emprego mudariam de patamar. Haveria então na região empregos nos setores agropecuário e industrial, além da área de serviços e do setor público. O futuro seria mais interessante do que se mostra no momento.
Tudo bem, reconheço que vai um pouco de entusiasmo e sonho de articulista. Mas acho que você concorda que este tema mereceria mais estudos, debates e análises. Um assunto que, se deslanchasse, daria vida nova a Cuiabá e toda a região no seu entorno.
Vizinhos pobres só aumentam as agruras da capital. Lá não tem empregos e jovens vem para cá na busca de algo que anda escasso. Engrossam os problemas da periferia.
Alfredo da Mota Menezes escreve em A Gazeta às terças, quintas e aos domingos. E-mail: pox@terra.com.br. Site: www.alfredomenezes.com
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