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Segunda - 21 de Março de 2011 às 15:39
Por: HEMÍLIA MAIA

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Hemília Maia é assessora de Comunicação da Setpu e da Secid
Hemília Maia é assessora de Comunicação da Setpu e da Secid
Atualmente as empresas são vistas, de uma certa forma, como sujeito. Por exemplo: ninguém faz negócios com uma pessoa que é sabidamente mal pagadora com receio de levar “um calote”. Assim como hoje, ninguém adquire produtos de uma empresa quando é sabido que ela se utiliza de trabalho escravo, sob pena de ser moralmente conivente com tal prática. É como se a organização contemporânea fosse provida de consciência. O contrário ocorre quando a instituição está ligada a trabalhos culturais, sociais entre outros.

No mundo contemporâneo pessoas adquirem produtos e serviços de empresas que são socialmente responsáveis, que defendem o meio ambiente, que valorizam o esporte, entre outros aspectos, que não necessariamente o produto e o serviço que oferecem. Ou seja, a imagem que os consumidores possuem de uma organização são diferenciais na hora de escolher entre as inúmeras ofertas de produtos de beleza, de sabão em pó, de uma construtora de edifícios etc. É através da Comunicação Institucional que as organizações contemporâneas buscam o respeito e a credibilidade junto a seus públicos.

Mas se hoje o “seu Joaquim” não faz mais do que barbas e o “seu Manoel” não vende mais do que peixes o que mudou? Mudou a forma como se compra peixe e como se vai ao barbeiro. O consumidor contemporâneo pode, deve e está acostumado a escolher. Hoje ele deseja o peixe mais fresquinho, o mais barato, o de procedência conhecida, o do estabelecimento mais limpo, o da peixaria que entrega em casa, o do peixeiro honesto e que respeita a época do defeso, entre tantas outras vertentes que ele possa achar que melhor lhe convém.

Há também modos de escolhas totalmente subjetivos. Pode-se optar por um barbeiro que lhe confira status e que diga aos outros que o fato de ser cliente do barbeiro X o torna alguém ligado às tendências da moda. Na verdade em ambos os casos, além do produto ou serviço, o consumidor leva para casa a imagem que tem desse produto ou serviço.

O modo como novos negócios são abertos e oferecidos também sofreram transformações para atender as demandas contemporâneas. A produção de um produto para o público consumidor será avaliada primeiro junto aos futuros compradores. Hoje não mais se cria algo, fabrica e põe nas lojas, sob pena de encalhe. Agora são as pesquisas que dirão o que o público consumidor deseja. Hoje, por exemplo, são os eleitores que dizem quais as características desejam em seu novo prefeito. Só a partir dos resultados dessas pesquisas os responsáveis pela comunicação de uma campanha política traçarão suas estratégias.

No mundo contemporâneo os valores psicológicos são pesquisados, detalhados e levados em conta sempre que uma marca for trabalhada na busca de conceitos que deverão lhe ser agregados para atender uma demanda.

Hoje a imagem pode significar o sucesso ou o fracasso de uma organização, de um indivíduo comum ou de uma celebridade. Se aquele serviço ou produto não mais o atender ele parte para outro. E se fidelizar clientes é um exercício de dedicação constante, reconquistá-los é um trabalho quase impossível quando descobrem que o concorrente atende melhor suas expectativas.

* Hemília Maia é assessora de Comunicação da Setpu e da Secid, formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pelo UBM em Barra Mansa, RJ e pós-graduada em Comunicação Empresarial pela UFJF em Juiz de Fora, MG



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