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Terça - 03 de Agosto de 2010 às 10:42
Por: Alfredo da Mota Menezes

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Alfredo da Mota Menezes escreve em A Gazeta.
Alfredo da Mota Menezes escreve em A Gazeta.

Pedro Henry está com problemas na Justiça Eleitoral para ser candidato à reeleição. Lembro que ele era para ser o candidato ao Senado em 2006 na chapa de Blairo Maggi. Teve outros problemas e teve que ceder a vaga a Jaime Campos.

Henry seria eleito senador naquela oportunidade. O que lha daria condições de pleitear hoje a candidatura do grupo ao governo do estado. Ao invés disso, está com dificuldade de ter o aceite da Justiça para sua reeleição.

Na política de longo prazo, avançar o sinal, na maioria das vezes, não dá certo. O Henry quis ir por atalhos e foi levado à incômoda situação de agora. Deixou de ser senador e governador.

Talvez como resultado da sua não confortável situação atual, o seu próprio grupo começa a apontar o dedo para ele como o culpado pelo desgaste dos governos Maggi e Silval na região de Cáceres. Estão dizendo que a região foi entregue a ele. Indicava o que fazer ou não fazer. Agora, na apuração dos resultados, é o lugar onde a coligação do Silval está com mais problemas junto ao eleitor.

Os fatos sugerem que Sérgio Ricardo está fazendo campanha para deputado de olho na de prefeito em 2012. Quer ser o mais votado em Cuiabá, com a massificação do seu nome nesta eleição, pensando em ser o prefeito da Copa.

O PP tem bons candidatos a deputados federais e estaduais, por causa disso resolveu sair sozinho para a eleição deste ano. Aí começaram a acontecer fatos inesperados.

Pedro Henry está com dificuldade em registrar sua candidatura. Chico Daltro foi ser vice do Silval. Eliene Lima tem um problema de saúde em família que faz com que ele diminua seu ritmo de trabalho pelo estado. Para deputado estadual, dois campeões de votos da sigla, Riva e Valter Rabello, estão com algum tipo de pendência na Justiça Eleitoral.

Numa atitude até inesperada, Blairo Maggi disse que não dá para comparar seu governo com o de Dante de Oliveira e nem outros com outros, pois o orçamento da frente é sempre maior do que o que passou. Não sei se é para conseguir os votos de antigos eleitores do Dante ou se essa diferente postura veio mesmo para ficar. Faltou dizer ainda que o Dante fez rigoroso ajuste fiscal, rigor que lhe custou a eleição ao Senado.

Um rumor tem crescido em Cuiabá: saber qual o resultado do inquérito sobre o superfaturamento dos maquinários repassados às prefeituras. O governo do Estado, numa atitude positiva, veio de público e disse que sumiu algo como 45 milhões de reais na compra daquelas máquinas. Pessoas também foram mandadas para o interior para saber se peças e componentes desses maquinários foram trocadas ou não.

Até agora ninguém sabe quem foi o culpado pelo desfalque apontado pelo próprio governo. Ninguém está entendendo esse silêncio barulhento perto de uma eleição disputadíssima.

Alfredo da Mota Menezes escreve em A Gazeta. E-mail: pox@terra.com.br; site: www.alfredomenezes.com



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