Crianças digitais
Abordei em artigos anteriores a questão da comunicação digital que hoje impera na mídia e até mesmo nas relações interpessoais. Recebi contribuições muito preciosas, mas recebi também muitas dúvidas e muitas contestações. Isso quer dizer que o assunto é válido, oportuno e necessário.
Em duas reuniões das quais participei, o assunto veio forte à discussão. Por isso, gostaria de reproduzir alguns conceitos novos relacionados ao tema. As crianças e os jovens são realmente os donos da comunicação digital, através de computadores, de celulares, de i-phones, dos aparelhos digitais e das redes sociais como msn, orkut, etc.
As discussões têm variado sempre na mesma direção: como explicar essa facilidade das crianças e dos jovens. Aí, entraremos necessariamente numa nova abordagem, a das chamadas crianças índigo e das crianças cristal. É uma tese relativamente nova que ainda encontra muita incompreensão nos meios médicos, mas que a realidade empurra os pais e os professores em busca da sua compreensão. O que não se pode ignorar é que as crianças nascidas depois de 1980 são diferentes: hiperativas, independente, questionadoras, hábeis no uso dos meios digitais e têm uma sensibilidade muito aguçada.
Os pais lidam com bastante dificuldade com esses jovens, porque obedecem a antigos padrões de educação pessoal, familiar e pública, contra eles que se guiam por outros indicadores. A mesma tese afirma que depois dos índigos, nascidos entre 1980 e 2000, vieram as crianças cristal. Aqueles têm a aura de energia na cor azul do índigo. As crianças cristal têm a mesma aura na cor dourada ou branca.
O assunto veio à tona no fim da década de 90, quando o casal de norteamericanos, Lee Carroll e Jan Tober, percebeu que crianças nascidas a partir de 1980, em qualquer continente, independente da cor, religião ou estado social, tinham em comum uma percepção completamente nova. Eles chegaram a defini-las como “as crianças que vão conduzir o caminho”.
Daí por diante o assunto ampliou-se e começaram a aparecer as interpretações. Uma delas é a facilidade de aprendizagem, a independência, a hiperatividade, uma certa espiritualidade mais bem definida. Lidar com eles tornou-se um tormento para os professores, porque o modelo de educação atual é muito lento e diferente de como funciona a cabeça deles. Eles não aceitam “pratos prontos”. Precisam discutir, questionam e são cheios de porquês. Quando ignorados, alheiam-se da questão.
Embora o assunto seja muito mais abrangente do que o abordado neste espaço, o fato é que não pode ser ignorado mais pelas famílias, pelos pais, pelos educadores e nem pela sociedade, sob pena de se criar uma valeta intransponível entre nós e eles.
Por isso, a comunicação digital será o futuro deles, queiramos ou não. Para que se interessar mais pelo assunto, sugiro pesquisar na Internet. É fantasticamente oportuno aprender para poder conviver na plenitude com a extraordinária cabecinha dos índigos e cristais, nossos filhos, nossos alunos e a nossa juventude desse começo do século 21.
Onofre Ribeiro é jornalista, secretário de Comunicação Social de Mato Grosso
onofreribeiro@terra.com.br