Ainda a eleição
Duas mulheres eleitas prefeitas ao redor de Cuiabá têm enormes responsabilidades políticas e administrativas pela frente. Falo de Thelma de Oliveira em Chapada e Lucimar Campos em Várzea Grande.
Thelma rompeu uma tradição política de que praticamente só são eleitos gentes de grupos familiares em Chapada. Essa tradição é sangrenta, poucos terminam os mandatos.
Para alguém de fora,o apontar de dedos talvez sejam maiores ainda porque, entre outros motivos, não deve haver tantos empregos na prefeitura para pessoas das famílias nativas como antes. Mas já era tempo de eleger alguém de fora dos círculos familiares para dar uma chacoalhada na administração local.
A coluna volta a um ponto de vista antigo sobre Chapada. Se for bem feito um trabalho de garimpagem pelo mundo é possível encontrar recursos a fundo perdido em algum lugar ou empresa para um lugar como Chapada.
Recurso que ajudaria no saneamento, salvar mananciais e outros itens ambientais. Tem empresa que, ao dar uma ajuda dessas, vende isso aos seus acionistas.Chapada é um dos poucos lugares do estado que tem essa alternativa.
Outra mulher com outra enorme responsabilidade política e administrativa é Lucimar Campos em V. Grande. Sua eleição levou de volta a família Campos a administrar a cidade. Fazendo boa administração eleva o nome do grupo politico, se não for bem pode enterrá-lo de vez. E Várzea Grande está necessitando mesmo de uma boa administração depois de tantos desacertos, não?
Sugerem os fatos que em Rondonópolis se tem um discurso peculiar que o eleitorado gosta de ouvir? O Zé do Pátio e o Percival sabem usá-lo. Se juntarmos o tom populista do Percival e do Zé do Pátio se teve mais de 70% dos votos locais. Será que o populismo criado pelo Bezerra e o PMDB quando eram de ‘esquerda‘ lá atrás é que ainda dá o tom? Será que é isso que agrada o ouvido de eleitores como os das Vilas Operária e Mamed?
Em cima disso, o Zé do Pátio ganhou a eleição contra todos os caciques políticos dali e de fora? O Zé do Pátio não tinha nenhum grande nome ou mesmo partidos em sua coligação e teve mais de 36% dos votos.
O Procurador Mauro teve expressiva votação e é nome conhecido no estado hoje. Em 2018 se candidata a que cargo? Já perdeu antes para deputado federal,apesar da boa votação. Será que não seria o momento de se eleger deputado estadual para, a partir dessa base, criar um partido pelo estado? Com um partido mais estadualizado poderia pensar em voos maiores lá na frente.
Se candidatar de novo para uma vaga difícil de ser eleito por falta de coligações e os eteceteras da política, pode virar folclore politico. O que seria ruim para ele e para a política estadual que precisa de nomes novos.
Alfredo da Mota Menezes e-mail: pox@terra.com.br site: www.alfredomenezes.com