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Domingo - 02 de Abril de 2017 às 22:13

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Alfredo da Mota Menezes escreve em A Gazeta.
Alfredo da Mota Menezes escreve em A Gazeta.

O canal de televisão Animal Planet apresentou longo e bem-feito documentário sobre o Pantanal. A cheia, a seca, os animais, gado, peixes, flora e um monte de dados estatísticos sobre a região. Num trecho da matéria trataram dos jacarés e disseram que o Pantanal inteiro tem uns 35 milhões desses répteis.

Digamos que eles exageraram e que sejam menos da metade ou uns 15 milhões de jacarés. Se esse animal comer meio quilo de peixe por dia seriam mais de sete milhões de quilos. Digamos que comam metade daquilo por dia, assim mesmo seriam mais de três milhões de quilos de peixes todo dia.

Vem cá, não dá nem para conversar sobre uma imaginada possibilidade de ter um controle, conduzido de maneira séria, para diminuir um pouco essa quantidade de jacarés?

Conto um caso e quem quiser pode acessar isso até pela internet. Na Louisiana, nos EUA, ali por perto de Nova Orleans, têm o pantanal deles que chamam Bayous. Tem uma vida animal perto do que tem o nosso Pantanal.

Lá eles controlam a quantidade de jacarés para que haja um equilíbrio de vida nos Bayous, principalmente de peixe. Peixe dali alimenta as pessoas da região e o turismo. Não matam os jacarés, mas controlam os nascimentos.

São mostrados especialistas em épocas do ano tirando os ovos das ninhadas dos jacarés. Mostram essa ação até na televisão. Deixam uma quantidade de ovos e levam os outros para serem chocados em lugares apropriados. Dali tiram carnes, uma iguaria da região e para o turista, e couro para venderem.

Lá fazem esse controle nas ninhadas e é civilizado, aqui não dá nem para conversar sobre isso? Mais peixes para consumo e para ajudar no turismo não seria uma coisa a ser pelo menos pensada? O jacaré criado em cativeiro daria também carne e couro para aumentar emprego e renda local. Por que não ir gentes daqui para estudar o que fazem lá?

Outro assunto.Tem uma invencionice correndo em Cuiabá. Andam dizendo que a Ferrogrão, aquela ferrovia entre Sinop e Miritituba no Pará, acabaria forçando uma nova divisão do estado. Que o correto seria brigar pela vinda da Ferronorte, aquela que viria de Roo para cá, poderia subir um pouco mais e voltaria para Santos. Esta não deixaria o estado ser dividido, a outra seria o contrario.

De onde as pessoas tiram invenções como essas? Quando se contesta um cara desses, ele olha como se a gente fosse uma besta quadrada. Maluquice como essa pode é despertar outros malucos no Nortão que passariam a pedir a Ferrogrão pensando na tal divisão.

Mais uma. Não dá para parlamentares arrumarem emendas para ajudar na pintura externa da Igreja matriz em Cuiabá? Ou algum cara que ganhou muito dinheiro em Cuiabá com empresas ou comércio meter a mão no bolso e ajudar nisso também? Vai chegar nos 300 anos da cidade com aquela mesma feiura ali no centro da capital?

Alfredo da Mota Menezes escreve em A Gazeta. E-mail: pox@terra.com.br site: www.alfredomenezes.com



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