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Sexta - 07 de Julho de 2017 às 14:15

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Claudinet Coltri Junior é professor, palestrante, consultor organizacional e educacional, professor e diretor da Nova Hévila Treinamentos.
Claudinet Coltri Junior é professor, palestrante, consultor organizacional e educacional, professor e diretor da Nova Hévila Treinamentos.

Como venho dizendo já de longa data, o brasileiro, via de regra, negligencia as práticas da liderança e a importância de se utilizar os modelos de gestão.

Em primeiro lugar, é importante entender que liderança é competência, portanto, necessita de aprendizagem. Uns nascem com o dom, outros não. Os primeiros têm mais facilidade em aprender do que os segundos. Mas, no fim, o que vale é, realmente, a dedicação e o processo de aprendizagem.

Segundo James Hunter, liderança é a arte de influenciar pessoas para trabalharem com entusiasmo visando atingir objetivos comuns, inspirando confiança por meio da força do caráter. Obviamente, o objetivo comum é o da instituição ou do projeto, não o próprio do líder.

Dessa forma, uma coisa é ser membro da equipe e influenciar seus pares, outra é ser o comandante. No primeiro caso, não se encontra risco. No segundo, corre-se o risco de se perder a "tropa". O Rogério era bom no primeiro caso, mas parece-nos que achou que isso era liderança e essa forma de ser bastava. O líder é solitário.

Outra coisa importante é a inspiração da confiança por meio do caráter. Líderes precisam transbordar senso de justiça. O caso Rodrigo Caio (no episódio com o Jô), tanto na bronca no vestiário, quanto na entrevista, onde Rogério diz que o Rodrigo Caio e o Tite, que elogiou a postura do atleta, devem ser pessoas melhores que ele, evidencia o despreparo para um cargo dessa magnitude.

Além disso, o futebol está muito mais estratégico, pensado, organizado. Não há mais espaços para ex-atletas, pelo simples fato de sê-lo, virarem técnicos de futebol. Tite e Muricy, depois de anos de experiência, foram se preparar mais ainda, tirando um ano sabático. Passar pelo preparo sem a experiência é muito diferente. Não dá, nem de longe, as mesmas condições técnicas de trabalho.

Assim, errou o ex-atleta em assumir um cargo para o qual, decididamente, não estava preparado (nem tecnicamente, nem comportamentalmente). O que não significa que não possa se preparar. Competências podem ser adquiridas. Errou, também, o clube, por apostar num profissional sem o devido preparo. No mundo de hoje, decididamente, nome não ganha jogo. Basta lembrar que o Corinthians perdeu para o Tolima com Ronaldo Fenômeno e Roberto Carlos e, no mesmo ano, foi campeão brasileiro sem eles.

Claudinet Coltri Junior é professor, palestrante, consultor organizacional e educacional, professor e diretor da Nova Hévila Treinamentos. Website: www.coltri.com.br - E-mail: coltri@coltri.com.br facebook.com/coltrijunior.



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