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Quarta - 17 de Setembro de 2014 às 06:28
Por: José de Paiva Netto

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José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
... Antes que seja tarde para os inquilinos da Terra.

Há décadas, venho insistindo que a destruição da Natureza é a extinção da Raça Humana. Fica evidente que essa não é uma simples frase de efeito para chamar a atenção dessa Humanidade sempre apressada, muitas vezes, rumo ao próprio extermínio.

Em geral, as criaturas agem como se não houvesse amanhã. Desse modo, deixam de avaliar o resultado futuro de seus atos no presente. É preocupante, porque, quando os efeitos devastadores da má semeadura chegam, o quadro pode ser irreversível ou acompanhado de imensos prejuízos.

Sustentabilidade é palavra da moda. Contudo, agimos em consonância com o seu significado? Os problemas quanto aos recursos naturais aumentam a cada dia. Vejam a diminuição dos reservatórios de água em diversas cidades brasileiras!

Vez por outra, vêm à tona estudos demonstrando que qualquer ação desenfreada contra o meio ambiente traz algum tipo de desequilíbrio local ou à distância. Mesmo assim, as árvores continuam sendo “estorvo” ou objetivo de ganância sem fim na Amazônia, na Mata Atlântica, em qualquer lugar. Até quando?

Na década de 1980, pesquisadores já alertavam para o risco de a capital bandeirante vivenciar clima semelhante ao do Nordeste do Brasil. Com seguidas massas de ar seco sobre a região, falta de chuva recorrente, poluição sem controle, sua famosa marca de “terra da garoa” vai ficando no passado. Ainda que o comportamento climático também seja cíclico, isso não sugere que devamos baixar a guarda.

A esperança é que o povo, e isso em todo o orbe, desde as pessoas mais simples às que dirigem as nações, tomem atitudes decididas de preservação de nossa espécie. Se as coisas persistirem como andam, lá na frente poderemos ler anúncios assim: “Restam poucos exemplares humanos em tal localidade. A região, antes repleta de vida, se tornou hostil, foi totalmente prejudicada pela aridez, pela falta de visão de seus moradores”. Pode ser chocante, mas os filhos da atual geração e posteriormente seus netos, pedem socorro aos que hoje gastam, de maneira condenável, o que o planeta lhes oferece.

É claro que muita gente idealista e também pragmática vem dando voz ativa à fauna, à flora que nos cerca. Entretanto, é preciso que essa consciência se multiplique por toda a parte, a partir das crianças, em casa e nas escolas. E nada melhor que abordar o tema neste mês, quando, no hemisfério sul, a primavera, diligente, consegue proporcionar vida renovada aos animais, às plantas, iluminando-nos com a exuberância multicolorida das flores. Tudo isso representa uma tentativa de comover o coração e o Espírito que se move no mundo na forma humana.

Aliás, do calendário de datas comemorativas das Nações Unidas, temos, em 16 de setembro, o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio. Protegê-la significa a sobrevivência na Terra. Sem essa camada, ficaremos totalmente vulneráveis aos raios ultravioleta B (UVB) originados do sol. Trata-se de grande frente de batalha aguardando maior empenho da sociedade.

Confiantes, rogamos a Deus que aplaque as intempéries meteorológicas que levam, todos os anos, sofrimento a multidões pelo mundo! E sejamos cidadãos conscientes de que, se merecedores, Jesus, o Cristo Ecumênico, ou seja, universal, em pessoa novamente fará os prodígios relatados no Evangelho, segundo Lucas, 8:24. O Divino Mestre virá e repreenderá o vento e a fúria da água, hoje simbolizada igualmente pela escassez dela própria. Usufruir de bonança na atualidade depende do convívio harmônico com a Natureza.

José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com



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