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Domingo - 07 de Setembro de 2014 às 20:23
Por: WILSON CARLOS FUÁ

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Economista Wilson Carlos Fuá – É Especialista em Administração Financeira e Relações Sociais e Políticas
Economista Wilson Carlos Fuá – É Especialista em Administração Financeira e Relações Sociais e Políticas
Como é vergonhoso uma autoridade trabalhar sobre pressão, pois aplicar os recursos públicos com competência, honestidade e ética, é nada mais que obrigação, e acima de tudo os políticos tem que entender que receber as obras e serviços sociais de qualidade é direito do povo.

Mas estamos vivendo o momento eleitoral, onde os candidatos têm a solução para tudo e até parece que tudo está errado, e tudo será concertado de imediato.

Um desses candidatos perguntou ao seu assessor – O que é saúde?

O assessor disse – é a ausência de doença.

Pronto, vamos mentir para o povo que vamos investir na saúde e tirar todos os recursos da doença e ao assumir o governo vamos baixar um decreto:

Art. 1º - a partir do dia 01/01/15 ficará proibido adoecer.

Art. 2º - ficam revogadas todas as indisposições em contrário

Mas em Mato Grosso, a realidade é triste e as autoridades por não sentir as dores do mundo, ficam filosofando sobre saúde e doença.

Vejam que todos os candidatos estão a dizer que construirão hospitais, com 320, 330 e 350 leitos, mas a solução é muito complexa e cara. Conta a história que em Mato Grosso um certo ou incerto governador, amparado na sua maior insensibilidade em relação a saúde pública, adotou como solução, o fechamento de todos os hospitais, pois acreditava que o povo não tendo onde ser atendidos, não ficaria doente e para complementar a sua tese insana, comprou 501 ambulâncias e determinou que elas seriam usadas na forma de ambulância-terapia, pois acreditava que os doentes ao sair passeando pelas estradas cheias de buracos, poderiam até confundir o órgão doente e dariam menos despesas ao Estado, e por isso nomeou um economista como gestor da saúde pública.

Mas, é dura a realidade para daqueles que procuram a rede pública em busca da sua cura, que São Benedito os ajudem, pois terá em seu destino, a condenação de ficar por horas e horas a gemer as suas dores nos corredores lotados das UPAs, e ficarão na dependência Agência Reguladora de Vagas, na esperança de que alguém morra para abrir a sua vaga e por esses momentos ficarão entre a vida e a morte, mas para completar a sua humilhação, o que lhes restam são macas desconfortáveis e contaminadas, para ser atendidos no chão e para finalizar ficam sabendo que o médico escalado para atendê-lo, teve um probleminha e não pode vir trabalhar.

No mais alto da hipocrisia – os políticos colocam em seus discursos a verdade supostamente sadia, afirmando que os doentes terão suas consultas marcadas por email e serão buscados em suas casas e hospitalizados imediatamente e para acabar definitivamente com as doenças no estado, será construído uma fábrica de remédios e toda a distribuição será de forma gratuitas, e de forma ética, o governador eleito gastará recursos da saúde em campanhas publicitárias incentivando o povo a sair da rede privada para a rede pública, e que o estado de Mato Grosso terá uma gestão de saúde pública de excelência e será modelo para o país e o mundo.

Será que neste século, ainda vamos ter um político com a consciência de que as conquistas do povo estão sempre incompletas, pois as realizações não se completam em si, quanto se trata de coisas públicas.

O verdadeiro líder nasceu para viver correndo atrás dos muitos objetivos que não são seu, pois as necessidades coletivas são infinitas e a sua visão será sempre comunitária e tem a dimensão dos olhos da alma do povo e no seu poder de entendimento, sabe que as necessidades de tudo que é público, não se encerram completamente ao final de cada dia.

Economista Wilson Carlos Fuá – É Especialista em Administração Financeira e Relações Sociais e Políticas - Fale com o Autor: wilsonfua@gmail.com



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