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ÁLCOOL E DROGAS: “Resenhas” em alta preocupam polícia na Grande Cuiabá
Grupos com cerca de 100 jovens se reúnem uma vez na semana em lugares isolados da cidade, para realizar festas, chamadas de “resenhas”, regadas a álcool e drogas. O número desses encontros vem aumentado ao longo deste ano, o que preocupa a polícia. Marcadas nas escolas, as festas envolvem desde meninas de 12 anos a rapazes com 20.
Segundo o delegado adjunto da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), José Carlos Damian, esses encontros acontecem desde 2012, porém eram apenas casos isolados. Em 2013, no bairro Jardim Brasil, próximo ao CPA IV, aconteceu o caso mais grave, onde duas menores foram estupradas.
Um ato parecido com esse ocorreu em uma casa de festas localizado no bairro Altos do Coxipó, cujo local foi alugado para uma confraternização no final de 2013 e, após a comemoração, uma menina de 13 anos foi filmada transando com 5 jovens maiores de idade. O vídeo acabou sendo divulgado em uma rede social.
“Antes essas festas aconteciam de forma esporádica, e por haver poucos casos, havia pouca divulgação”, disse o delegado.
Conforme informações da polícia, essas reuniões hoje acontecem durante o horário escolar, quase sempre durante a semana e abrangem os bairros periféricos da Capital. O delegado diz ainda, que a organização dessas festas começa dentro da escola e depois se espalha pelas redes sociais.
Desses 100 jovens que se reúnem em cada evento, em média 50% são menores de idade e a outra metade maior. Outro dado que chama atenção, é que em questão de maioridade, apenas meninos frequentam essas festas, pois a idade das meninas fica entre 12 á 17 anos.
Uma nova informação é que o maior número de denúncias é feito pelos próprios pais, que em um momento de descuido dos filhos, acessam as redes sociais, como o Facebook ou Whatsaap.
Questionado sobre o porquê dessa intensificação desses agrupamentos no período de 2012 á 2014, Damian afirma que o processo falha desde a base, pois tudo começa no sistema educacional.
“Por se tratar de um fator novo, ainda não se tem um balanço, mas o que se sabe é que infelizmente os alunos das escolas da rede pública são os alvos principais. Isso mostra a forma que a educação brasileira vem sendo conduzida, os alunos não tem mais merecimento, não tem cobrança, alcance de metas, não tem nenhum regime, controle”, disse.
Sobre o acesso para bebidas e as drogas, o delegado é breve quando afirma que essa é a parte mais fácil, porque quando se tem um maior de idade envolvido, ele mesmo pode comprar a quantidade que quiser, isso sem contar que o próprio adolescente pode se passar por maior de 18 anos, já que a fiscalização nos estabelecimentos também é falha.
A falta de integração da DEA com a Polícia Militar (PM) é também um problema que ocorre. “Ás vezes a gente já está investigando, estamos ali do outro lado da festa, mas os vizinhos chamam a PM que invadem o lugar, ai não tem o que a gente possa fazer”, ressaltou.
No mês de setembro e outubro a polícia conseguiu encerrar com duas “resenhas”. Uma no bairro Altos do Coxipó, onde os menores foram apreendidos e duas mulheres tidas como organizadoras do evento foram detidas e encaminhadas para a delegacia.
A festa privativa ocorria em uma residência locada para eventos. Dentro da casa havia entorpecentes e muitas garrafas de bebidas alcoólicas. Após a detenção dos presentes ao evento, dezenas de familiares estiveram no local, tentando liberar seus filhos, sobrinhos e netos.
Para entrar nessa festa foi cobrado R$ 5 dos meninos e as meninas tiveram acesso livre. Das garotas encontradas no local, apenas duas eram maior de idade e muitas das adolescentes foram encontradas dentro da piscina, de trajes de banho e algumas até de lingerie.
Já a outra denominada “Resenha do BDV 1ª Edição” ocorreu no bairro Altos da Serra. A polícia ao revistar os participantes e o ambiente, encontrou porções de maconha, cocaína e vários tipos de bebidas alcoólicas.
Os organizadores, os estudantes Yuri Gabriel Pádua, 18 e Thiago Mota Vieira, 19 foram presos. Além dos promoters da festa, foi preso em flagrante Esmael Martins Almeida Filho, proprietário do estabelecimento “Espaço Martins”.
Segundo o delegado adjunto da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), José Carlos Damian, esses encontros acontecem desde 2012, porém eram apenas casos isolados. Em 2013, no bairro Jardim Brasil, próximo ao CPA IV, aconteceu o caso mais grave, onde duas menores foram estupradas.
Um ato parecido com esse ocorreu em uma casa de festas localizado no bairro Altos do Coxipó, cujo local foi alugado para uma confraternização no final de 2013 e, após a comemoração, uma menina de 13 anos foi filmada transando com 5 jovens maiores de idade. O vídeo acabou sendo divulgado em uma rede social.
“Antes essas festas aconteciam de forma esporádica, e por haver poucos casos, havia pouca divulgação”, disse o delegado.
Conforme informações da polícia, essas reuniões hoje acontecem durante o horário escolar, quase sempre durante a semana e abrangem os bairros periféricos da Capital. O delegado diz ainda, que a organização dessas festas começa dentro da escola e depois se espalha pelas redes sociais.
Desses 100 jovens que se reúnem em cada evento, em média 50% são menores de idade e a outra metade maior. Outro dado que chama atenção, é que em questão de maioridade, apenas meninos frequentam essas festas, pois a idade das meninas fica entre 12 á 17 anos.
Uma nova informação é que o maior número de denúncias é feito pelos próprios pais, que em um momento de descuido dos filhos, acessam as redes sociais, como o Facebook ou Whatsaap.
Questionado sobre o porquê dessa intensificação desses agrupamentos no período de 2012 á 2014, Damian afirma que o processo falha desde a base, pois tudo começa no sistema educacional.
“Por se tratar de um fator novo, ainda não se tem um balanço, mas o que se sabe é que infelizmente os alunos das escolas da rede pública são os alvos principais. Isso mostra a forma que a educação brasileira vem sendo conduzida, os alunos não tem mais merecimento, não tem cobrança, alcance de metas, não tem nenhum regime, controle”, disse.
Sobre o acesso para bebidas e as drogas, o delegado é breve quando afirma que essa é a parte mais fácil, porque quando se tem um maior de idade envolvido, ele mesmo pode comprar a quantidade que quiser, isso sem contar que o próprio adolescente pode se passar por maior de 18 anos, já que a fiscalização nos estabelecimentos também é falha.
A falta de integração da DEA com a Polícia Militar (PM) é também um problema que ocorre. “Ás vezes a gente já está investigando, estamos ali do outro lado da festa, mas os vizinhos chamam a PM que invadem o lugar, ai não tem o que a gente possa fazer”, ressaltou.
No mês de setembro e outubro a polícia conseguiu encerrar com duas “resenhas”. Uma no bairro Altos do Coxipó, onde os menores foram apreendidos e duas mulheres tidas como organizadoras do evento foram detidas e encaminhadas para a delegacia.
A festa privativa ocorria em uma residência locada para eventos. Dentro da casa havia entorpecentes e muitas garrafas de bebidas alcoólicas. Após a detenção dos presentes ao evento, dezenas de familiares estiveram no local, tentando liberar seus filhos, sobrinhos e netos.
Para entrar nessa festa foi cobrado R$ 5 dos meninos e as meninas tiveram acesso livre. Das garotas encontradas no local, apenas duas eram maior de idade e muitas das adolescentes foram encontradas dentro da piscina, de trajes de banho e algumas até de lingerie.
Já a outra denominada “Resenha do BDV 1ª Edição” ocorreu no bairro Altos da Serra. A polícia ao revistar os participantes e o ambiente, encontrou porções de maconha, cocaína e vários tipos de bebidas alcoólicas.
Os organizadores, os estudantes Yuri Gabriel Pádua, 18 e Thiago Mota Vieira, 19 foram presos. Além dos promoters da festa, foi preso em flagrante Esmael Martins Almeida Filho, proprietário do estabelecimento “Espaço Martins”.
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