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EDUCAÇÃO
Quinta - 09 de Outubro de 2014 às 07:31
Por: Do G1, em São Paulo

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Foto: Leandro Abreu/G1 MS
Pâmela Lescano deu à luz no local de provas do Enem em 2012
Pâmela Lescano deu à luz no local de provas do Enem em 2012
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que acontece nos dias 8 e 9 de novembro, recebeu inscrições de 9.256 candidatas grávidas, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). No total, 169 mil candidatos receberão algum tipo de atendimento especial.

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O MEC oferece esse serviço a duas categorias: pessoas com alguma deficiência e que precisam de adaptações no acesso ao local de provas e durante o exame, e pessoas que tenham alguma condição que exija um cuidado específico.


Segundo os dados, 76.676 inscritos têm algum tipo de deficiência e receberão atendimento especializado.

Outros 92.972 inscritos solicitaram algum tipo de atendimento específico, como é o caso das gestantes, das mulheres lactantes, dos candidatos que guardam o sábado por motivo religioso, dos que precisarão fazer o Enem no hospital e dos idosos.

Crescimento acima da média


A quantidade de mulheres gestantes que decidiram participar das provas do Ministério da Educação cresceu 34% entre 2013 em 2014, em uma taxa mais alta do que o aumento no número total de candidatos, que foi de 21% no mesmo período. O número decandidatos surdos também é 35% maior do que o do Enem de 2013.


No ano passado, o governo federal decidiu redobrar os cuidados com as candidatas grávidas, depois que, em 2012, uma estudante de Mato Grosso do Sul deu à luz no local em que faria o Enem, no segundo dia de provas. Pâmela de Oliveira Lescano, que tinha então 17 anos, acabou perdendo as provas do domingo, e recebeu do ministério permissão para refazer o Enem em dezembro, nas datas em que o exame será aplicado nos presídios e unidades socioeducativas no país.

Depois desse episódio, na edição seguinte do Enem, dois meses antes das provas o Inep identificou, entre as 6.893 grávidas inscritas, que mais de 3 mil delas estavam previstas para dar à luz em outubro, e 517 tinham como data provável de parto o período de provas. Poucos dias antes, esse número havia subido para 712, segundo informações da assessoria de imprensa do MEC.

Como parte do atendimento específico a essas mulheres, o Inep notificou os municípios onde era fariam o Enem para mapear hospitais próximos do local de provas, além de pedir o apoio de profissionais de saúde no local. Em alguns locais de prova, as gestantes receberam ainda apoios para as pernas e mesas e cadeiras sem braço.


O atendimento ajuda a que mais estudantes grávidas não deixem a prova de lado por falta de condições adequadas para enfrentar a maratona de mais de nove horas, com 180 questões de múltipla escolha e uma redação.


No ano passado, candidatas gestantes contaram ao G1 que entre as principais dificuldades para realizar o Enem nessas condições estão driblar o sono, manter a calma quando o feto mexe muito na barriga, garantir que haja comida o suficiente para aguentar a maratona sem passar fome, e ainda lutar contra apressão para desistir do sonho de fazer faculdade.

 





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