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MEIO AMBIENTE
Terça - 23 de Setembro de 2014 às 16:50
Por: Do G1, em São Paulo

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Foto: Mike Segar/Reuters
A presidente Dilma Rousseff durante discurso na Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas, nesta terça-feira (23)
A presidente Dilma Rousseff durante discurso na Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas, nesta terça-feira (23)
O acordo para redução do desmatamento das florestas no mundo foi um dos principais resultados da Cúpula do Clima, que acontece nesta terça-feira (23), na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova York.

A "Declaração de Nova York sobre florestas" prevê reduzir pela metade o desmatamento no planeta até 2020 e zerá-lo até 2030.

Os defensores do acordo querem cortar entre 4,5 bilhões de toneladas e 8,8 bilhões de toneladas de carbono por ano com a redução do desmatamento até 2030. Além disso, Reino Unido, Alemanha e Noruega se comprometaram em doar nos próximos anos o equivalente a R$ 2,7 bilhões para países com iniciativas voltadas à contenção do desmate.

O compromisso englobaria ainda ações de empresas exploradoras de recursos naturais, como as fabricantes de óleo de palma e de alimentos em geral, além de englobar a ajuda dos povos indígenas para dar suporte aos programas de Redd (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal).

Em entrevista à Associated Press, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que o governo brasileiro “não foi convidado a se engajar no processo de preparação” da declaração e que o Brasil temia que o texto pudesse colidir com leis nacionais que controlam o desflorestamento na Amazônia e outras florestas.

De acordo com Ban Ki-moon, as ações anunciadas governos, empresas, bancos e sociedade civil mostram que há muitos parceiros ansiosos em enfrentar juntos a mudança climática.

Na área de agricultura, os representantes de governos e da iniciativa privada anunciaram a meta de ajudar 500 milhões de pequenos fazendeiros a reduzir suas emissões e trabalhar na adaptação dos impactos das mudanças climáticas.

Na área da indústria, foram consideradas cinco iniciativas significativas de diversos setores, principalmente da área de geração de energia, com ênfase na redução dos poluentes como metano, carbono negro, e os hidrofluorcarbonetos, para frear o aumento da temperatura global.

Quanto às energias renováveis, o documento afirma que os ministros de 19 países africanos sancionaram a iniciativa do Corredor de Energias Limpas da África, que pretende cortar as emissões anuais de CO2 em 310 toneladas métricas até 2030.

Os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, grupo composto por pequenas ilhas do Caribe, África e Oceano Pacífico, também se comprometeram a aumentar a parcela de energia renovável. A iniciativa pretende mobilizar US$500 milhões em cinco anos para aumentar a capacidade de produção de energia solar, energia eólica e outras alternativas renováveis.

Líderes de mais de 40 países também se comprometeram em melhorar a eficiência energética para cortar a emissão de gases de efeito estufa e reduzir custos de energia.

Transportes

Quanto aos transportes, foram anunciadas quatro alianças que devem se dedicar ao desenvolvimento de tecnologias que permitam meios de transporte com baixa emissão de carbono, incluindo o incentivo a veículos elétricos, melhora da eficiência de transporte ferroviário e transportes públicos.

A iniciativa de Mobilidade Elétrica Urbana, por exemplo, pretende aumentar o número de veículos elétricos nas cidades em 30% dos veículos vendidos anualmente até 2030.

Também foram anunciados investimentos nas estratégias de enfrentamento de eventos climáticos extremos. A iniciativa Capacidade Africana de Risco, por exemplo, - que visa a transferir os prejuízos decorrentes de tragédias naturais dos governos e dos agricultores e pecuaristas para uma entidade financeira africana que possa lidar melhor com esses riscos - anunciou uma expansão de seus serviços e cobertura.

 





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