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POLÍCIA
Terça - 02 de Setembro de 2014 às 21:11

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PJC/MT
Treze pessoas do segmento de  madeireiras, investigadas na operação "Fluxo Verde", tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça, a pedido da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso.

A operação "Fluxo Verde" deflagrada na quarta-feira (27.08) passada, nas cidades de Cláudia e União do Sul (620 e 719 km ao Norte), prendeu sete pessoas e uma oitava foi presa no domingo (31.09), na região.

Os presos, todos donos de madeireiras e pessoas ligadas ao segmento, cumprem a prisão no presídio Osvaldo Florentino Leite Ferreira (Ferrugem), em Sinop (500 km ao Norte). Eles respondem por furtos qualificado, receptação, formação de quadrilha, falsificação de documento, e vários outros crimes ambientais.

A operação também apreendeu cinco pás-carregadeira, dois caminhões, duas motocicletas, veículo de passeio, 1 motosserra, 1 espingarda de pressão, munições, CPU e diversos documentos, que estão sendo analisados pela Dema.

Para ação da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), a Justiça decretou 13 mandados de prisão ( 5 dias), sendo 8 deles cumpridos, e 18 mandados de buscas e apreensão cumpridos em nove madeireiras e nove  residências. Agora os investigados serão mantidos presos preventivamente.

As madeireiras tiveram as atividades paralisadas até a contagem dos produtos florestais estocados em seus pátios. O trabalho é feito por fiscais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos  Naturais Renováveis (Ibama),que ainda estão aferindo as toras e para depois comparar com a quantidade declarada no Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

Investigação

As investigações iniciaram há 4 anos pela Dema, para apurar denúncias de crimes ambientais cometidos em uma propriedade de terra, de 27 mil hectares no município de União do Sul. "Estas terras estão sendo dilapidadas, o bioma da região está acabando, tamanha a depredação do meio ambiente", disse a delegada Maria Alice Amorim.

Conforme a delegada,  desde o ano de 2012, a Dema instaurou 12 inquéritos policiais, mas ainda não havia causado efeito na repressão aos furtos, mesmo depois da prisão de mais de 20 pessoas, apreensão de cerca de 1.200 metros cúbicos de madeiras, 29 caminhões, tratores, motosserras e outras ferramentas apreendidas na fazenda de floresta nativa, que vem sendo loteada por quadrilhas que se beneficiam da madeira extraída ilegalmente. "A gente fez flagrante de pessoas que trabalhavam na mão de obra e não conseguia identificar os receptadores. O crime não parava porque tinha quem financiava", disse Maria Alice.

"O que precisava ser identificado é a madeireira, que alimenta o fluxo da extração, e existem propriedades que também praticam a retirada da madeira", afirma a delegada.

Conforme apurou a Polícia Civil, a madeira clandestina já sai documentada da região, devido agilidade da quadrilha, que com uso de notas fiscais frias consegue "driblar" a fiscalização durante o transporte nas rodovias.  "A ideia da busca cautelar é identificar de onde vem esses documentos. Todo o esquema delituoso vai se esclarecido agora com o cumprimento dessas prisões temporárias e das buscas e apreensão", finaliza da delegada.






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