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JUSTIÇA
Sábado - 24 de Maio de 2014 às 08:49
Por: Do G1 MT

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Foto: Maurício Barbant/ALMT
Riva já responde a ações por crimes de corrupção.
Riva já responde a ações por crimes de corrupção.
O deputado estadual José Geraldo Riva, do PSD de Mato Grosso, deixou o Complexo da Papuda, em Brasília, após três dias de prisão. Ele foi preso no dia 20, em Cuiabá, durante a operação "Ararath", da Polícia Federal. A transferência para Brasília foi determinada pela Justiça para evitar que o parlamentar atrapalhasse as investigações. Riva já responde a 107 processos judiciais por crimes de peculato, improbidade administrativa e corrupção.

Ao G1, a assessoria de imprensa do deputado confirmou que Riva voltou para Cuiabá no final da noite desta sexta-feira (23). O deputado ainda informou que vai se dedicar exclusivamente à família neste final de semana e só deve se pronunciar na próxima segunda-feira (26), na Assembleia Legislativa.

A revogação da prisão foi determinada nesta sexta-feira pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), o mesmo magistrado que decretou a prisão preventiva de Riva por conta das investigações da operação Ararath.

 

A operação da PF investiga crimes financeiros, de lavagem de dinheiro e contra a administração pública em Mato Grossoque chegou a movimentar cerca de R$ 500 milhões de maneira fraudulenta. Além de Riva, no último dia 20 a operação levou à prisão do ex-secretário de estado de Fazenda de Mato Grosso, Éder de Moraes Dias (PMDB), que permanece preso.

O governador do estado, Silval Barbosa(PMDB), também chegou a ser preso devido a uma pistola com registro vencido encontrada em sua casa durante cumprimento de mandado de busca e apreensão. Ele pagou R$ 100 mil de fiança e foi liberado no mesmo dia.

A defesa de Riva protocolou pedido de liberdade no mesmo dia da prisão. O alvará de soltura foi expedido ainda pela manhã, mas somente à noite a PF liberou o deputado, defendido por uma banca de pelo menos três advogados por conta das investigações da operação Ararath.

No esquema investigado pela PF, Riva e outros políticos de Mato Grosso teriam se beneficiado de um “banco clandestino” operado pelo empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior.

O gabinete da presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso chegou a ser alvo de mandado de busca e apreensão cumprido pelos agentes federais na terça-feira devido aos indícios de participação de Riva no esquema. Isso apesar de o deputado nem mesmo ocupar mais o cargo de presidente da Casa: afastado do cargo, em vez de atuar como mais um parlamentar, ele continuou desfrutando das regalias do posto e do mesmo local de trabalho.
Operação Ararath (Foto: G1.com.br)





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