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POLÍCIA
Sábado - 08 de Março de 2014 às 14:05

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As condições de moradias eram bastante insalubres, sem higiene, com roupas e espumas usadas como colchões espalhados
As condições de moradias eram bastante insalubres, sem higiene, com roupas e espumas usadas como colchões espalhados
Cinco pessoas submetidas a trabalho escravo foram resgatadas na manhã deste sábado (08.03), no bairro Jardim Itororó, em Várzea Grande, em operação conjunta do Ministério Público do Trabalho, Gerência de Operações Policiais, da Polícia Civil, e Conselho Tutelar da região do Pedra 90. O suposto empregador, Silvio Volpato, 51, morador do Estado de Santa Catarina, foi preso em flagrante por crimes de redução de pessoa e adolescente a condição análoga ao trabalho escravo.

Três adolescentes de 12, 15 e 17 anos, e dois maiores de 18 e 22 anos eram obrigados a vender livros em bairros de Cuiabá e Várzea Grande, sem direito a pagamento e mantidos em uma quitinete de três peças, onde um dos quartos era usado como cozinha também.  No local também morava Sílvio Volpato, preso e levado para Plantão de Várzea Grande.

Os cinco recebiam apenas um vale para comprar almoço, a qual era marcado em uma caderneta que reunia anotações de todas as despesas acumulados por eles, como alimentação, materiais de higiene pessoal, entre outros.

A denúncia foi feita na sexta-feira (07.03), pelo adolescente de 15 anos, que durante vendas no bairro Pedra 90, conseguiu fugir e procurou um comerciante na região, que dias antes havia fornecido comida para ele e orientado sobre os direitos do menor. Com ajuda de um terceira pessoa ligada a grupo evangélico, o menino chegou até o Conselho Tutelar do Pedra 90, que inicialmente registrou boletim de ocorrência na Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica), que acionou o Ministério Público Estadual e este Ministério Público do Trabalho (MPT).

A conselheira Cristiane Mendes acompanhou a operação e informou que as condições de moradias eram bastante insalubres, sem higiene, com roupas e espumas usadas como colchões espalhados pelos cômodos. “Um ambiente sujo, degradante as condições em que eles estavam vivendo”, disse.

O delegado plantonista, João Eduardo Alencar, disse que o crime hediondo e não afiançável. Conforme o delegado, com o empregador foram apreendidos R$ 4 mil e uma Kombi ano 2010, que serão entregues ao MPT para converter em pagamento as cinco pessoas resgatadas.

Os cinco estavam em Várzea Grande, desde o mês de janeiro deste ano, quando foram convidados a vir trabalhar em Mato Grosso. Eles vieram de Itaquiari, no estado do Mato Grosso do Sul, com objetivo de vender livros. Os menores estão sob os cuidados do Conselho Tutelar e os maiores receberam apoio do MPT. Todos deverão retornar ao estado de origem.





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