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POLÍCIA
Quinta - 19 de Dezembro de 2013 às 06:24
Por: Gazeta Digital

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O delegado Jessé Jaimes Freira da Justiça Federal de Cáceres, está realizando as investigações da operação Geia. Ele suspeita que as falsificações estejam sendo feitas por uma quadrilha que atua em Mato Grosso.

Segundo ele, a investigação deve durar mais 4 meses para analisar os documentos e investigar a participação de advogados e funcionários públicos na falsificação de documentos que foram apreendidos na manhã desta quarta-feira (18) em mandados de busca e apreensão expedidos pela Polícia Federal de Cáceres nos municípios Cuiabá, Pontes e Lacerda, Rondonópolis e Rolim de Moura em Rondônia.

Das propriedades investigadas no momento, 27 delas estão localizadas em Pontes e Lacerda e 58 em Comodoro. Todas tem cerca de 500 hectares de extensão.Na maioria dos casos de falsificação as áreas foram vendidas para serem compensação ambiental.

Outro lado: A assessoria de imprensa do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), informou que eles estão colaborando com a Polícia Federal e forneceram todos os documentos solicitados. A entidade afirma também que se caso tenha algum documento forjado, a fasificação não foi feita dentro da entidade. A assessoria informa ainda que irão tomar todas as medidas cabíveis para esclarecer a situação do suposto envolvimento dos servidores nas falsificações.

Operação Geia

A operação, batizada de "Geia", tem como objetivo o combate à falsificação de títulos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), os quais eram realizados para obter o registro de imóveis de terras que haviam sido arrecadadas pela União, falsidade documental, estelionato, associação criminosa, oferta de terras irregulares como compensação de áreas perante a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e apropriação de terras públicas.

Durante a investigação, apurou-se que negociadores gerenciavam a venda das terras, agenciando compradores e cuidando para que as terras tivessem seus registros atualizados perante as repartições públicas competentes.

No caso, agentes públicos seriam os responsáveis por facilitar as fraudes e os registros, conferindo veracidade às informações constantes nos documentos apresentados. Averiguou-se, ainda, quegrileiros patrocinavam as invasões e persuadiam pessoas a adentrarem na posse das terras.

A organização criminosa contaria ainda com assessores técnicos, constituída por advogados, que davam orientações quanto ao trâmite jurídico, e laranjas, que emprestavam seus nomes para figurarem como proprietários.

O nome da operação foi extraído da deusa grega que simboliza a terra, em face dos delitos apurados envolverem fraudes relacionadas a títulos falsificados do Incra.





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