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JUSTIÇA
Quinta - 19 de Dezembro de 2013 às 05:52

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O Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça (DRCI) anunciou, na quarta-feira (18), em Brasília, a instalação de novos laboratórios contra a lavagem de dinheiro no país. Em 2014, o número de laboratórios chegará a 43, contemplando todas os estados e o Distrito Federal. O DRCI é ligado à Secretaria Nacional de Justiça do MJ.

As novas unidades serão instaladas na Superintendência de Polícia Federal em São Paulo, Procuradoria Geral da República do Ministério Público Federal, Ministério Público do Rio Grande do Norte, e nas Polícias Civis dos Estados do Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Sergipe, Alagoas, Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará, Paraná, Goiás, Maranhão, Piauí e Tocantins.

A delegada Danielle Garcia, da Polícia Civil de Sergipe, define a instalação do Laboratório no estado como fundamental para complementar uma série de investigações. “Vai auxiliar todas as unidades da Polícia Civil a combater o lucro que as atividades criminosas dão. Não basta prender. É preciso tam também localizar esse dinheiro e bloqueá-lo, senão as organizações criminosas sobrevivem”, explicou Danielle.

Segundo Roberto Zaina, coordenador do Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro do DRCI, a proposta é implantar laboratórios modelos para a aplicação de soluções de análise tecnológica em grandes volumes de informações e para a difusão de estudos sobre o tema.

A motivação de criação do Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro do MJ se originou da observação dos órgãos participantes da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla). As investigações de casos de lavagem de dinheiro ou corrupção envolviam quebras de sigilo bancário de inúmeras contas, sigilos telefônico e fiscal, durante grandes períodos.

No último dia 12, em Bogotá, na Colômbia, o secretário Nacional de Justiça do MJ, Paulo Abrão, presidente do Grupo de Peritos no Controle da Lavagem de Dinheiro (Lavex), discursou, dando ênfase à evolução do trabalho investigativo no Brasil.

“Temos apertado o cerco à lavagem de dinheiro e aos bens adquiridos de forma ilícita. Novas tecnologias para cruzamento de dados e acordos internacionais, inclusive com países que hospedam paraísos fiscais, estão quebrando a espinha dorsal do crime, que é praticado no mundo associado à corrupção e até mesmo ao terrorismo”, destacou.





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