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SEGURANÇA
Segunda - 13 de Junho de 2016 às 19:55
Por: Gazeta Digital

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Após 7 atentados confirmados, praticados entre sexta-feira (10) e domingo (12), em Cuiabá e no interior de Mato Grosso, o secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas, admitiu, na tarde desta segunda-feira (13), ao Gazeta Digital que há, realmente, uma situação de insegurança real.

“É claro, há uma situação de insegurança real, houve ataques”, reconheceu o secretário.Ônibus foram incendiados e residências de agentes prisionais foram alvejadas por ordem de presos, em retaliação à suspensão das visitas e banhos de sol nas unidades prisionais, por conta da greve dos servidores estaduais, que cobram reajuste salarial.

Rogers Jarbas afirma que, na segurança pública, a ordem é de alerta, na intenção inclusive de evitar novos atentados, provocados na opinião dele pela irresponsabilidade sindical.O secretário assegura que há profissionais com preparo para lidar com situações limites como esta e que uma forma de coibir a ação dos criminosos é os neutralizando.

“Foi isso que fizemos com três presos da Penitenciária Central do Estado, a PCE, em Cuiabá, eles vão responder pelo que fizeram e estão no isolamento. Ao fazer isso, estamos seguindo a doutrina internacional”, ressalta Jarbas, se referindo a João Luiz Baranosk, Reginaldo Silva Rios e Carlos Alberto Vieira Teixeira, acusados de orquestrar os atentados.

Além disso, ressalta também que mais de 15 pessoas já foram presas por envolvimento nas ocorrências em Cuiabá, Sinop, Barra do Garças, Primavera e Barra do Bugres. O policiamento foi reforçado nas ruas. A cúpula da Segurança tem feito reuniões rotineiras, para estabelecer estratégias de controle dos criminosos.

O secretário Rogers Jarbas acredita que os ataques cessaram. Ele não faz associação imediata da bomba identificada nas dependências da base da Polícia Militar do Pedra 90, na manhã desta segunda-feira, com os ataques anteriores. Equipe do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi acionada para detonar o artefato. A área foi isolada. A bomba estava embaixo do veículo de uma policial feminina. Ela já estava dentro do veículo, quando um colega percebeu o objeto. Um bilhete assinado pelo Comando Vermelho, acompanhava o artefato.

“Que recado é esse? É um bilhete, que pode ser assinado por qualquer pessoa, qualquer um pode assinar como se fosse do Comando Vermelho. O que está ocorrendo é que estou chamando de oportunismo do terror. Neste momento, estão circulando várias informações que não procedem, principalmente nas redes socais, notícias que estão viralizando, aumentando ainda mais a sensação de insegurança”, reclama.

Sobre o fato da população estar sobressaltada com este cenário de guerra desde sexta-feira, o secretário assegura que as pessoas “podem levar vida normal”, reforçando que não ‘há toque de recolher.

Sobre os servidores da segurança pública, que têm sido alvo de atentados, em ambientes familiares, Jarbas afirma que eles estão preparados para este tipo de situação. “Um bombeiro entra em um incêndio”, ressalta.

Para o secretário, “é muito triste que isso esteja ocorrendo” e diz que, "se pudesse, teria evitado todas as ocorrências".





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