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De acordo com o delegado titular da DEA, Paulo Alberto Araújo, 60% dos adolescentes encaminhados à Delegacia do Adolescente são reincidentes na prática de atos infracionais
Cresce o número de apreensão de adolescentes infratores em Cuiabá
Cinquenta e seis menores infratores são apreendidos no mês em Cuiabá. No primeiro semestre de 2013, passaram pela Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), da Polícia Judiciária Civil, 334 menores que cometeram infrações na Capital, 20 a mais no mesmo período de 2012, que registrou 314 menores envolvidos em delitos. Entre os principais atos infracionais está o tráfico de drogas, porte de drogas para o consumo e o roubo. Este último cometido, na maioria, com emprego de violência, grave ameaça e arma de fogo.
Até o dia 30 de junho deste ano, a Especializada havia instaurado 843 procedimentos de investigação de ato infracional para apuração de crimes e contravenções penais cometidos por menores.
De acordo com o delegado titular da DEA, Paulo Alberto Araújo, 60% dos adolescentes encaminhados à Delegacia do Adolescente são reincidentes na prática de atos infracionais. “Aqui [DEA] identificamos o futuro marginal. Se a gente não consegue nada com ele até os 17 anos, aos 18 vai para a marginalidade e vai fazer parte da população de um presídio”, destaca o delegado.
Dados da Delegacia revelam que o número de jovens infratores envolvidos em crimes violentos é cada vez maior. “Os adolescentes são mais violentos, primeiro porque não têm tanto medo da Justiça quanto o adulto, que sabe que a pena será majorada. O adolescente sabe que o máximo será 3 anos”, explica o delegado.
Comparando com o mesmo período do ano de 2012, houve aumento de 23% na produtividade da unidade policial, número, que segundo o delegado adjunto, Eduardo Botelho, merece destaque em razão do decréscimo de efetivo enfrentado pela unidade, que perdeu desde o ano passado oito servidores para aposentadorias.
“Mesmo com a considerável perda de efetivo, não houve queda de produtividade no cumprimento de mandados de internação de adolescentes infratores, expedidos pelo Poder Judiciário, cujos números se mostraram semelhantes aos do primeiro semestre de 2012”, analisa o delegado.
Para o delegado Paulo Araújo, a vulnerabilidade e desestruturação das famílias, fazem com que muitos adolescentes infratores sejam utilizados por quadrilhas, especialmente no tráfico de drogas, para prática de crimes. Essa é uma estratégia adotada pelos criminosos, pois os menores quando apreendidos ficam pouco tempo cumprindo medidas socioeducativas, e depois voltam às ruas e muitos deles retornam a prática de crimes, ganhando poder entre o bando.
Araújo observa que a arregimentação para o crime acontece, principalmente, com os adolescentes viciados em drogas. “Mesmo que não tenham praticado as infrações de tráfico, são levados a praticar outras infrações por influência daqueles que estão praticando. O vício faz com que eles cometam roubos para pagar o traficante. Os meios os próprios traficantes arrumam, como o aluguel de armas”, destaca o delegado.
Delegacia Social
Além do trabalho repressivo, a Delegacia do Adolescente trabalha no proativo com palestras de conscientização em escolas e universidades. “O que fazemos nas palestras é mexer com os sentimentos dos adolescentes, para saber o que eles pensam e o que vivem fora da escola”, disse Paulo Araújo.
Araujo defende a livre manifestação na escola para solução de conflitos. Segundo ele, isso já ajudaria a reduzir os números de jovens encaminhados à delegacia. “O professor tem que fazer o aluno refletir sobre seus atos. Porque isso depois vai refletir na delegacia, que é o fim social. Aqui nós trabalhamos com o Estatuto da Criança do Adolescente, dirigido a um público específico, em situação de risco, aquele que nasce abandonado, carente e vai se tornar infrator e depois infrator criminoso”, destaca o delegado.
Outro trabalho muito buscado por pais na Delegacia é a internação de filhos dependentes químicos. Essa é uma atividade voltada aos menores envolvidos com drogas e em conflito com a lei. “Adolescentes em situação de vulnerabilidade social são abordados e encaminhados voluntariamente para clínicas de reabilitação, onde são submetidos à higienização e à tratamento médico, odontológico e terapêutico”, explica o delegado Eduardo Botelho.
Até o dia 30 de junho deste ano, a Especializada havia instaurado 843 procedimentos de investigação de ato infracional para apuração de crimes e contravenções penais cometidos por menores.
De acordo com o delegado titular da DEA, Paulo Alberto Araújo, 60% dos adolescentes encaminhados à Delegacia do Adolescente são reincidentes na prática de atos infracionais. “Aqui [DEA] identificamos o futuro marginal. Se a gente não consegue nada com ele até os 17 anos, aos 18 vai para a marginalidade e vai fazer parte da população de um presídio”, destaca o delegado.
Dados da Delegacia revelam que o número de jovens infratores envolvidos em crimes violentos é cada vez maior. “Os adolescentes são mais violentos, primeiro porque não têm tanto medo da Justiça quanto o adulto, que sabe que a pena será majorada. O adolescente sabe que o máximo será 3 anos”, explica o delegado.
Comparando com o mesmo período do ano de 2012, houve aumento de 23% na produtividade da unidade policial, número, que segundo o delegado adjunto, Eduardo Botelho, merece destaque em razão do decréscimo de efetivo enfrentado pela unidade, que perdeu desde o ano passado oito servidores para aposentadorias.
“Mesmo com a considerável perda de efetivo, não houve queda de produtividade no cumprimento de mandados de internação de adolescentes infratores, expedidos pelo Poder Judiciário, cujos números se mostraram semelhantes aos do primeiro semestre de 2012”, analisa o delegado.
Para o delegado Paulo Araújo, a vulnerabilidade e desestruturação das famílias, fazem com que muitos adolescentes infratores sejam utilizados por quadrilhas, especialmente no tráfico de drogas, para prática de crimes. Essa é uma estratégia adotada pelos criminosos, pois os menores quando apreendidos ficam pouco tempo cumprindo medidas socioeducativas, e depois voltam às ruas e muitos deles retornam a prática de crimes, ganhando poder entre o bando.
Araújo observa que a arregimentação para o crime acontece, principalmente, com os adolescentes viciados em drogas. “Mesmo que não tenham praticado as infrações de tráfico, são levados a praticar outras infrações por influência daqueles que estão praticando. O vício faz com que eles cometam roubos para pagar o traficante. Os meios os próprios traficantes arrumam, como o aluguel de armas”, destaca o delegado.
Delegacia Social
Além do trabalho repressivo, a Delegacia do Adolescente trabalha no proativo com palestras de conscientização em escolas e universidades. “O que fazemos nas palestras é mexer com os sentimentos dos adolescentes, para saber o que eles pensam e o que vivem fora da escola”, disse Paulo Araújo.
Araujo defende a livre manifestação na escola para solução de conflitos. Segundo ele, isso já ajudaria a reduzir os números de jovens encaminhados à delegacia. “O professor tem que fazer o aluno refletir sobre seus atos. Porque isso depois vai refletir na delegacia, que é o fim social. Aqui nós trabalhamos com o Estatuto da Criança do Adolescente, dirigido a um público específico, em situação de risco, aquele que nasce abandonado, carente e vai se tornar infrator e depois infrator criminoso”, destaca o delegado.
Outro trabalho muito buscado por pais na Delegacia é a internação de filhos dependentes químicos. Essa é uma atividade voltada aos menores envolvidos com drogas e em conflito com a lei. “Adolescentes em situação de vulnerabilidade social são abordados e encaminhados voluntariamente para clínicas de reabilitação, onde são submetidos à higienização e à tratamento médico, odontológico e terapêutico”, explica o delegado Eduardo Botelho.
Fonte:
Com assessoria da PJC-MT
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