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JUSTIÇA
Quarta - 05 de Junho de 2013 às 17:38

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Bicheiro, João Arcanjo Ribeiro
Bicheiro, João Arcanjo Ribeiro

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), obteve mais uma sentença favorável em ação penal proposta contra o contraventor do jogo do bicho em Mato Grosso, João Arcanjo Ribeiro. Desta vez, o réu, que já cumpre pena em penitenciária de segurança máxima por vários outros crimes, pegou mais 9 anos e 7 meses de reclusão em regime fechado pela prática dos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa nos municípios de Cuiabá, Cláudia e Sinop.

Consta na sentença, que os crimes de corrupção ativa foram concretizados ao oferecer vantagens ilícitas a membros da Polícia Civil para liberação de comparsa preso, motocicleta apreendida e ainda para a realização de ação policial em pontos de atuação de bicheiro concorrente.

Além de Arcanjo, outros sete também foram condenados. Um deles é a delegada Helena Yloise de Miranda Lourenço da Polícia Judiciária Civil. Ela foi condenada à perda do cargo por corrupção passiva. Ela foi enquadrada neste crime ao aceitar propina para realizar a já citada ação policial que favorecia Arcanjo. Além da perda da função pública a ela foi imposta reprimendas restritivas de direito, limitação de fim de semana e ainda a prestação de serviços à comunidade.

O genro de Arcanjo, Geovane Zem Rodrigues, também está no rol dos sentenciados. Ele pegou 7 anos, 3 meses e 10 dias de reclusão em regime semi-aberto pelos mesmos crimes que Arcanjo. Conforme consta no processo, Geovane é o herdeiro das ações do grande chefe e mentor. Após a prisão de João Arcanjo, Geovane encarregou-se de continuar chefiando e controlando as atividades ilícitas do grupo.

Os outros condenados foram Awanio Moreira da Silva, Silvio Alexandre de Menezes, Agnaldo Gomes de Azevedo, Rene Robert Lima. Todos são comandados de Arcanjo e Geovane. A decisão é do dia 31 de maio.

Segundo membros do Gaeco, “as investigações conduzidas pelo Ministério Público Estadual e o comprometimento do Poder Judiciário com a busca da verdade real em relação a fatos e pessoas, que até passado recente não chegavam ao conhecimento do julgador, mostram que o Estado de Mato Grosso está atingindo de forma especial e justificável o restabelecimento da paz pública”.

Conforme os promotores, “que nestes casos de crime organizado onde há a participação de agentes do Estado na engrenagem criminosa, somente uma atuação investigativa comprometida com a busca da verdade real possibilita devolver aos agentes criminosos o mal praticado”.






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