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Vítimas de violência doméstica farão constelação
Pela primeira vez no Estado, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), por meio da Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra Mulher de Cuiabá, realiza o projeto de Abordagem Sistêmica – Constelações Familiares aplicado no âmbito da Violência Doméstica. A audiência coletiva será realizada nesta terça-feira (31/05), às 14h, na sala de audiência da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra Mulher, no Fórum da Capital.
O projeto é idealizado pelo juiz da vara, Jamilson Haddad Campos, com auxilio da orientadora sistêmica Gilmara Thomé. “Senti a necessidade de implantar um protejo que ajudasse as vítimas de violência doméstica a entender o contexto das relações familiares em que as situações de agressão ocorrem. Ao melhor conhecer a Constelação Familiar, segundo Bert Hellinger, percebi que transmitir conhecimentos às mulheres faz com que a vida delas se movimente para um caminho de soluções, evitando novos ciclos de violência dentro dos relacionamentos domésticos e familiares”, explica.
História – Analisando a conjuntura em que se insere a violência doméstica, o magistrado afirma que o respeito ao ser humano tal como é, independente de sexo, raça, cor, religião, cultura, vem crescendo, e agora, neste século em que vivemos, as mulheres vêm ganhando seu lugar ao lado dos homens. “Num contexto do passado, a sociedade considerava o comportamento submisso da mulher como algo ‘normal’. Muitos homens ditavam as regras do relacionamento, e para ser aceita socialmente, a mulher quase sempre acatava as ordens de seu parceiro. Mas, hoje, as coisas estão mudando”, diz.
Para ele, embora estes comportamentos não façam sentido no contexto atual, o fazem no passado. “Se a constituição brasileira prevê essa condição de igualdade das mulheres em relação aos homens, parece sem sentido que algumas apresentem um comportamento submisso diante de seus parceiros, como se ainda vivessem no tempo de suas mães, avós, bisavós, e outras afrontem os homens, como se precisassem violentá-los (física ou verbalmente) para ter sua condição de igualdade respeitada”, argumenta.
Ferramenta - Sobre a novidade trazida pela abordagem sistêmica fenomenológica, ele esclarece que a técnica nos convida a olhar para os nossos ancestrais, de forma a não repetir seus destinos. “Uma filha que assistiu a mãe ser desrespeitada pelo parceiro, assume o destino dessa mulher do passado, fazendo inconscientemente a promessa de carregar esse destino por ela. E ao tornar-se mulher, também se relaciona com o seus parceiros de uma forma submissa, sentindo que divide o peso do destino para suas ancestrais. O oposto disso também ocorre. Essa criança pode, ao assistir a violência física sofrida pelas suas ancestrais, prometer que homem algum jamais vai ousar levantar a mão para as mulheres dessa família, e assim, ao crescer, ela se vinga por suas ancestrais, desrespeitando seus parceiros e gerando novos ciclos de violência dentro dos relacionamentos”, advertiu, completando que ao todo, 18 mulheres foram intimadas para participar da inovação no fórum da Capital.
O projeto é idealizado pelo juiz da vara, Jamilson Haddad Campos, com auxilio da orientadora sistêmica Gilmara Thomé. “Senti a necessidade de implantar um protejo que ajudasse as vítimas de violência doméstica a entender o contexto das relações familiares em que as situações de agressão ocorrem. Ao melhor conhecer a Constelação Familiar, segundo Bert Hellinger, percebi que transmitir conhecimentos às mulheres faz com que a vida delas se movimente para um caminho de soluções, evitando novos ciclos de violência dentro dos relacionamentos domésticos e familiares”, explica.
História – Analisando a conjuntura em que se insere a violência doméstica, o magistrado afirma que o respeito ao ser humano tal como é, independente de sexo, raça, cor, religião, cultura, vem crescendo, e agora, neste século em que vivemos, as mulheres vêm ganhando seu lugar ao lado dos homens. “Num contexto do passado, a sociedade considerava o comportamento submisso da mulher como algo ‘normal’. Muitos homens ditavam as regras do relacionamento, e para ser aceita socialmente, a mulher quase sempre acatava as ordens de seu parceiro. Mas, hoje, as coisas estão mudando”, diz.
Para ele, embora estes comportamentos não façam sentido no contexto atual, o fazem no passado. “Se a constituição brasileira prevê essa condição de igualdade das mulheres em relação aos homens, parece sem sentido que algumas apresentem um comportamento submisso diante de seus parceiros, como se ainda vivessem no tempo de suas mães, avós, bisavós, e outras afrontem os homens, como se precisassem violentá-los (física ou verbalmente) para ter sua condição de igualdade respeitada”, argumenta.
Ferramenta - Sobre a novidade trazida pela abordagem sistêmica fenomenológica, ele esclarece que a técnica nos convida a olhar para os nossos ancestrais, de forma a não repetir seus destinos. “Uma filha que assistiu a mãe ser desrespeitada pelo parceiro, assume o destino dessa mulher do passado, fazendo inconscientemente a promessa de carregar esse destino por ela. E ao tornar-se mulher, também se relaciona com o seus parceiros de uma forma submissa, sentindo que divide o peso do destino para suas ancestrais. O oposto disso também ocorre. Essa criança pode, ao assistir a violência física sofrida pelas suas ancestrais, prometer que homem algum jamais vai ousar levantar a mão para as mulheres dessa família, e assim, ao crescer, ela se vinga por suas ancestrais, desrespeitando seus parceiros e gerando novos ciclos de violência dentro dos relacionamentos”, advertiu, completando que ao todo, 18 mulheres foram intimadas para participar da inovação no fórum da Capital.
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