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491 policiais civis finalizam academia para atuarem em Mato Grosso
Na reta final do Curso de Formação Técnico-profissional, 491 novos escrivães e investigadores da Polícia Judiciária Civil se capacitaram nos últimos 3 meses em treinamentos de investigação e inteligência, abordagem, armas e munição, defesa pessoal, criminalística, entre outras disciplinas afetas à atividade policial.
Com diferentes formações acadêmicas, naturalidade e motivações pessoais, a turma de novatos forma um grupo heterogêneo, mas consciente da profissão e suas complexidades, que envolvem risco de vida, disponibilidade de tempo integral e muita dedicação.
Os policiais em treinamento integram os candidatos excedentes ao concurso de 2013. Eles tiveram que aguardar por um ano a formatura e lotação dos aprovados dentro do número de vagas previstas em edital. Durante o tempo de espera eles se mobilizaram para sensibilizar sobre a necessidade para Mato Grosso do novo incremento policial. E deu certo.
Conheça um pouco mais dos profissionais que atuarão em delegacias de todo o Estado até o próximo mês.
Excedente
Nos esforços para que o cadastro de reserva fosse chamado, a investigadora Débora Aparecida Ribeiro Pereira, 33 anos, se mostrou uma das mais ativas. Graduada em Química, ela se desdobrou, junto a outros candidatos, em reuniões, acampamentos e corridas de rua em Cuiabá.
“Nasceu como um sonho de cada um dos candidatos. Quando percebemos que era possível ser concretizado nós agarramos da forma que pudemos, com todas as forças. À medida que se vai conhecendo as pessoas, vendo o comprometimento de cada um para estar na Acadepol, a motivação de fazer a diferença aumenta”, afirma.
A escrivã de polícia Lilian Braz de Oliveira, 28 anos, trabalhava como assessora jurídica em Brasnorte (579 km a Noroeste) quando começou a sonhar com a carreira policial pela disciplina, organização e companheirismo. Ela acredita que o fato de ter esperado por mais de um ano tenha dado um fôlego extra à nova turma de escrivães e investigadores. “O fato de ser excedente proporcionou uma garra a mais. Só chegou até aqui quem realmente queria de verdade. Quem era só concurseiro ficou pelo caminho”.
Superação após o luto
Das histórias de vida entre os novos investigadores uma das mais fortes é a de Anderson José da Silva, 41. O investigador chegou a frequentar o curso de formação em 2008, mas abandonou após a notícia da morte do filho de menos de um ano de idade. Ele retornou para Brasília (DF) para ficar junto aos familiares. Mas o desejo de ser policial civil continuou e em 2013 ele resolveu prestar outro concurso para integrar a PJC. “Saber que a atividade policial é uma das mais importantes para a sociedade me motiva a lutar por justiça”
Braço armado da sociedade
A investigadora Marcella Pereira Milhomem, 36 anos, mãe de duas filhas, é graduada em Educação Física. Durante o curso de formação ela ministra aulas de Yoga ao público externo e aos colegas da Acadepol, ação à parte da grade curricular obrigatória. Segundo ela, a atividade ajuda a lidar com o estresse, ansiedade e alta carga emocional que circundam o ambiente policial.
Sobre a escolha profissional, afirma ser destino pessoal. Foi maktub– palavra árabe que significa estava escrito Ao longo da minha vida fui burilada para o serviço policial. Sempre me identifiquei com o senso de justiça e o dever cumprido”
Outro graduado em Educação Física é Rodrigo Amorim, 36 anos, do Rio de Janeiro, que se distanciou fisicamente da família – formada por policiais militares, investigadores e delegado – além da paisagem da cidade maravilhosa para “prender bandidos” em Mato Grosso. “Se existe um braço negativo para atuar na criminalidade, precisa existir um braço positivo para combatê-la. Este é, justamente, meu sonho de infância”.
Seguindo os passos de Nezito
O exemplo familiar foi o grande motivador para que o investigador Fabiano Aparecido Nogueira Sampaio, 35 anos, quisesse integrar os quadros da PJC. Formado em Rede de Computadores, o ex-cabo do Exército é filho de policial militar e sobrinho de uma das lendas da Polícia Civil, Nezito Pereira Nogueira, falecido em 2008 durante uma cirurgia cardíaca.
“Ele foi o meu principal motivador a ingressar na Polícia Civil, e segue como o maior exemplo para minha carreira”, conta Fabiano. Nezito se destacou por um longo trabalho de cunho operacional, com passagens pela Serviço de Apoio e Repressão Armada (SARA) da Polícia Militar, forças especiais do exército, na antiga Divisão de Operações Especiais (DOE), e na Gerência de Operações Especiais (GOE), cujo centro de treinamento leva seu nome.
“Ao longo de cinco anos, aprendi muito com a competência de Nezito e seu conhecimento relativo a operações especiais, e também com o modo que desenvolvia sua liderança junto à equipe. Sem dúvida, ele era uma referência nacional em operações especiais”, destaca o coordenador de táticas policiais e instrutor de planejamento operacional e gerenciamento de crise na Acadepol, Joelson da Costa Almeida, o Kaká, chefe de operações há 10 anos da Gerência de Operações Especiais (GOE).
Reconhecendo o valor e exemplo dos policiais do passado, e o frescor do entusiasmo dos novatos, a Polícia Judiciária Civil chega aos seus 174 anos se reinventando para servir aos mato-grossenses com firmeza, garra e dedicação. A formatura dos 36 escrivães aconteceu na quarta-feira (25.05). Já os 455 novos investigadores serão graduados no dia 24 de junho.
Com diferentes formações acadêmicas, naturalidade e motivações pessoais, a turma de novatos forma um grupo heterogêneo, mas consciente da profissão e suas complexidades, que envolvem risco de vida, disponibilidade de tempo integral e muita dedicação.
Os policiais em treinamento integram os candidatos excedentes ao concurso de 2013. Eles tiveram que aguardar por um ano a formatura e lotação dos aprovados dentro do número de vagas previstas em edital. Durante o tempo de espera eles se mobilizaram para sensibilizar sobre a necessidade para Mato Grosso do novo incremento policial. E deu certo.
Conheça um pouco mais dos profissionais que atuarão em delegacias de todo o Estado até o próximo mês.
Excedente
Nos esforços para que o cadastro de reserva fosse chamado, a investigadora Débora Aparecida Ribeiro Pereira, 33 anos, se mostrou uma das mais ativas. Graduada em Química, ela se desdobrou, junto a outros candidatos, em reuniões, acampamentos e corridas de rua em Cuiabá.
“Nasceu como um sonho de cada um dos candidatos. Quando percebemos que era possível ser concretizado nós agarramos da forma que pudemos, com todas as forças. À medida que se vai conhecendo as pessoas, vendo o comprometimento de cada um para estar na Acadepol, a motivação de fazer a diferença aumenta”, afirma.
A escrivã de polícia Lilian Braz de Oliveira, 28 anos, trabalhava como assessora jurídica em Brasnorte (579 km a Noroeste) quando começou a sonhar com a carreira policial pela disciplina, organização e companheirismo. Ela acredita que o fato de ter esperado por mais de um ano tenha dado um fôlego extra à nova turma de escrivães e investigadores. “O fato de ser excedente proporcionou uma garra a mais. Só chegou até aqui quem realmente queria de verdade. Quem era só concurseiro ficou pelo caminho”.
Superação após o luto
Das histórias de vida entre os novos investigadores uma das mais fortes é a de Anderson José da Silva, 41. O investigador chegou a frequentar o curso de formação em 2008, mas abandonou após a notícia da morte do filho de menos de um ano de idade. Ele retornou para Brasília (DF) para ficar junto aos familiares. Mas o desejo de ser policial civil continuou e em 2013 ele resolveu prestar outro concurso para integrar a PJC. “Saber que a atividade policial é uma das mais importantes para a sociedade me motiva a lutar por justiça”
Braço armado da sociedade
A investigadora Marcella Pereira Milhomem, 36 anos, mãe de duas filhas, é graduada em Educação Física. Durante o curso de formação ela ministra aulas de Yoga ao público externo e aos colegas da Acadepol, ação à parte da grade curricular obrigatória. Segundo ela, a atividade ajuda a lidar com o estresse, ansiedade e alta carga emocional que circundam o ambiente policial.
Sobre a escolha profissional, afirma ser destino pessoal. Foi maktub– palavra árabe que significa estava escrito Ao longo da minha vida fui burilada para o serviço policial. Sempre me identifiquei com o senso de justiça e o dever cumprido”
Outro graduado em Educação Física é Rodrigo Amorim, 36 anos, do Rio de Janeiro, que se distanciou fisicamente da família – formada por policiais militares, investigadores e delegado – além da paisagem da cidade maravilhosa para “prender bandidos” em Mato Grosso. “Se existe um braço negativo para atuar na criminalidade, precisa existir um braço positivo para combatê-la. Este é, justamente, meu sonho de infância”.
Seguindo os passos de Nezito
O exemplo familiar foi o grande motivador para que o investigador Fabiano Aparecido Nogueira Sampaio, 35 anos, quisesse integrar os quadros da PJC. Formado em Rede de Computadores, o ex-cabo do Exército é filho de policial militar e sobrinho de uma das lendas da Polícia Civil, Nezito Pereira Nogueira, falecido em 2008 durante uma cirurgia cardíaca.
“Ele foi o meu principal motivador a ingressar na Polícia Civil, e segue como o maior exemplo para minha carreira”, conta Fabiano. Nezito se destacou por um longo trabalho de cunho operacional, com passagens pela Serviço de Apoio e Repressão Armada (SARA) da Polícia Militar, forças especiais do exército, na antiga Divisão de Operações Especiais (DOE), e na Gerência de Operações Especiais (GOE), cujo centro de treinamento leva seu nome.
“Ao longo de cinco anos, aprendi muito com a competência de Nezito e seu conhecimento relativo a operações especiais, e também com o modo que desenvolvia sua liderança junto à equipe. Sem dúvida, ele era uma referência nacional em operações especiais”, destaca o coordenador de táticas policiais e instrutor de planejamento operacional e gerenciamento de crise na Acadepol, Joelson da Costa Almeida, o Kaká, chefe de operações há 10 anos da Gerência de Operações Especiais (GOE).
Reconhecendo o valor e exemplo dos policiais do passado, e o frescor do entusiasmo dos novatos, a Polícia Judiciária Civil chega aos seus 174 anos se reinventando para servir aos mato-grossenses com firmeza, garra e dedicação. A formatura dos 36 escrivães aconteceu na quarta-feira (25.05). Já os 455 novos investigadores serão graduados no dia 24 de junho.
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