Até as 15h, 66 senadores já haviam se inscrito para discursar no plenário. Previsão é de que votação final ocorra na manhã desta quarta-feira (31).
Lewandowski estima que sessão de discursos se estenda até a madrugada
Ainda de acordo com a estimativa de Lewandowski, a votação final deve ocorrer quando a sessão for retomada, em horário ainda não definido na manhã ou no início da tarde da quarta.
Cada senador tem direito a uma fala de até dez minutos para se posicionar sobre o impeachment. No início da tarde de terça, havia 66 parlamentares inscritos na fila de oradores. Se cada um usar os 10 minutos, essa parte da sessão terá mais de 10 horas.
De acordo com a assessoria de Lewandowski, o presidente do Supremo estava prevendo somente um intervalo na sessão, para o jantar, de uma hora (possivelmente entre 19h e 20h).
Embora não haja previsão, é possível que o magistrado interrompa a sessão por até 30 minutos a cada quatro horas após o jantar, conforme rito estabelecido entre Lewandowski e líderes partidários antes do início do julgamento.
Acusação e defesa
Pela manhã, a sessão foi destinada ao debate entre a acusação, representada pelos advogados Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal, e a defesa de Dilma, comandada pelo ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.
Depois da fala da defesa, os autores da denúncia poderiam ter solicitado réplica por até uma hora, o que possibilitaria uma tréplica de até uma hora para a defesa.
No entanto, Janaína Paschoal e Miguel Reale Júnior optaram por não fazer uso da réplica na tentativa de agilizar o andamento da sessão.
O presidente do Supremo explicou a decisão dos advogados de acusação e informou que as partes não poderiam se manifestar mais na sessão, apenas os senadores. Cardozo, Janaína e Miguel Reale Júnior, no entanto, podem assistir aos pronunciamentos dos parlamentares.
Nas estimativas de Lewandowski, a votação final do impeachment, que poderá resultar na cassação do mandato de Dilma e na efetivação de Michel Temer como presidente da República, deverá ocorrer somente na manhã desta quarta.
O afastamento definitivo da petista depende de pelo menos 54 votos favoráveis ao impeachment. Caso essa marca não seja atingida, o processo será arquivado e Dilma Rousseff reassume a Presidência da República.