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POLÍTICA
Quinta - 19 de Maio de 2016 às 13:51
Por: Do G1, em Brasília

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Foto: Ilustrar
O deputado Nelson Marchezan Jr. (PSDB-RS) defendeu a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) durante sessão desta quinta-feira (19) do Conselho de Ética que ouviu depoimento do presidente afastado da Câmara.

Cunha responde a um processo por quebra de decoro pela suspeita de ter mentido sobre a existência de contas bancárias. Nesta quinta, Cunha voltou a negar ter contas bancárias no exterior e apontou "nulidades" no processo que enfrenta no Conselho de Ética. O peemedebista também pediu a substituição do atual relator do caso, deputado Marcos Rogério (DEM-RO).

Afastado pelo Supremo sob a acusação de que estaria usando o cargo para atrapalhar investigações contra ele, Cunha compareceu à sessão do colegiado para apresentar a sua defesa.

Na sessão, Marchezan Jr. citou o poder que o peemedebista tem sobre outros parlamentares e disse que, mesmo afastado, se ele continuasse a exercer essa influência, o Supremo Tribunal Federal (STF) poderia pedir a sua prisão.

Ao pedir a renúncia de Cunha, o deputado tucano argumentou que o deputado faz "um mal" à Casa, ao governo e ao país. 


"A permanecer na presidência, mesmo que suspenso, está fazendo um mal a esta Casa, está fazendo um mal ao governo, está fazendo um mal à nação brasileira", disse Marchezan.


“Seria oportuno que vossa excelência renunciasse até porque, se continuar a exercer influências e com o seu poder sobre o seu grupo parlamentar nessa Casa, vai chegar o momento em que o STF vai entender pela sua prisão. Então, pelo bem de todos, renuncie à presidência da Câmara dos Deputados”, apelou Marchezan.


O tucano ainda indagou Cunha sobre informações publicadas na imprensa de que ele usaria dossiês contra parlamentares como forma de pressionar colegas.


Cunha não respondeu sobre o pedido de renúncia, mas negou ameaçar os demais deputados e afirmou que Marchezan havia se baseado em “fofocas” da imprensa.


"Eu não preciso vir ao Conselho de Ética se eu tiver alguma denúncia para formular contra quem quer que seja. Eu posso fazê-lo a qualquer momento, de qualquer forma. Eu não tenho nada... nem vossa excelência, ou qualquer parlamentar desse conselho, se sinta constrangido ou acuado sobre qualquer ameaça da minha parte. Eu vim aqui para responder no momento processual da minha oitiva na fase de instrução probatória", respondeu Cunha.


E completou: "Então, não tem da minha boca nenhuma declaração de ameaçar quem quer que seja. Pode ficar tranquilo que, quando eu tiver alguma coisa contra qualquer um, no momento que eu quiser fazê-lo eu o farei sem precisar do palco do Conselho de Ética para isso".





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