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POLÍCIA
Quinta - 09 de Agosto de 2012 às 09:45
Por: Com assessoria PJC

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A Polícia Judiciária Civil concluiu nesta quarta-feira (08.08) os trabalhos de investigação da operação “Troia”, iniciada no final do mês de abril deste ano, depois da prisão de uma policial militar, que atuava na guarda e revista feminina de visitantes da Penitenciária Central do Estado (PCE).

A investigação conduzida pela Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE) cumpriu nesta manhã, cinco mandados de prisão preventiva contra cinco reeducandos, todos chefes do tráfico de drogas instalado dentro da Penitenciária Central do Estado e no presídio feminino Ana Maria do Couto May.

Os detentos Márcio Lemes de Souza, conhecido como “Marcinho do PCC”, Edmar Ormenese, Roque da Silva Lemos e Wellington da Costa dos Santos tiveram as ordens cumpridas dentro da Penitenciária Central e a presa Rosinalva Maria da Costa, conhecida também por “Nalvinha”, foi notificada do mandado no presídio feminino. Os presos serão indiciados por tráfico de drogas e associação para o tráfico.  

Os policiais ainda cumpriram dois mandados de busca e apreensão em residências de familiares de dois dos principais detentos. Um na casa da mulher do “Marcinho do PCC”, no Residencial Milton Figueiredo, na saída para Chapada dos Guimarães e outro na residência da filha da presa Rosinalva, no bairro Jardim Florianópolis, ambos em Cuiabá. Nas casas, foram apreendidos documentos de movimentações bancárias, celulares e vários carregadores.   

Segundo as investigações, por telefone, os presos comandavam o tráfico de drogas dentro e fora da cadeia. Eles recrutavam servidores públicos que trabalham nas unidades para facilitar a entrada de drogas nos presídios. “Foi assim que identificamos a soldado. A movimentação do tráfico era grande e assim eles se mantinham no comando dentro dos presídios”, disse delegada titular da DRE, Alana Cardoso.

“Essas pessoas que tiveram mandados de prisão cumpridos ainda serão interrogadas para concluir o inquérito policial”, declarou à delegada.

“Eles se articulam dentro e fora e tentam cooptar servidores para facilitar a entrada de drogas nos presídios. Descobrimos esse vínculo existente entre essas pessoas, que por estarem presas se acobertam atrás da prisão, achando que a polícia não vai investigá-las”, complementou a delegada Juliana Chiquito Palhares, adjunta da Delegacia de Entorpecentes.

Além de policiais da DRE, a operação teve o reforço de investigadores da Gerência de Operações Especiais (GOE) e de cães farejadores do canil da Especializada.

Prisão da soldado

A policial Cristiane Coimbra Egufo, 28, foi abordada no dia 29 de abril deste ano quando descia de um mototáxi, na rua lateral da Penitenciária Central do Estado, com uma mochila contendo dois quilos de maconha e um celular dentro, que seriam entregues a reeducandos da unidade prisional. Com ela, os policiais da Delegacia Especializada de Entorpecentes (DRE) encontram também R$ 550, na carteira, e mais R$ 1,4 mil em sua residência no bairro Morada da Serra, além de duas porções de maconha e cocaína, que estavam na casa.

Segundo as investigações, o dinheiro encontrado com a policial seria proveniente do tráfico dentro do presídio, de drogas já repassada aos detentos. A policial disse que para cada quilo entregue recebia R$ 1 mil.

 





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