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Houve, no mínimo, má gestão, diz Oscar sobre papel de ex-governador
Apesar das alegações do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa do Mundo de 2014, o entendimento do presidente das investigações, o deputado estadual Oscar Bezerra (PSB), é de que houve, sim, no mínimo, uma má gestão dos empreendimentos anunciados como um legado que o mundial de futebol deixaria para Cuiabá e Várzea Grande.
Durante os dois dias de depoimento que prestou à CPI, o ex-governador repetiu diversas vezes que o problema, em sua avaliação, foi a quantidade de obras realizadas concomitantemente e a burocracia na condução dos processos. Silval, que está preso preventivamente desde outubro do ano passado, falou por quase 10 horas aos membros da comissão, em oitivas realizadas nas últimas quarta e quinta-feira (11 e 12).
“Eu também já fui do Executivo, obviamente que em uma proporção muito menor, mas sei que a transparência, a eficiência e a responsabilidade são fatores preponderantes para o resultado de qualquer obra pública. Quando nós falamos que foi um erro de gestão é porque o nosso entendimento é de que a má condução dessas obras foi um dos principais problemas que levaram a não conclusão delas. A falta de projeto, a falta de cuidados específicos. Quando o senhor lança um edital sem a dotação orçamentária necessária, quer dizer que começou errado desde a raiz”, assinalou Oscar ao final das oitivas.
Durante todo o tempo em que depôs, Silval procurou se eximir das falhas apresentadas. O ex-governador afirmou não ter acompanhado todos os processos de perto, culpou outros órgãos, como concessionárias de água e energia, além dos bancos que financiaram os projetos, por atrasos ocorridos ao longo das obras e chegou a afirmar não se lembrar de detalhes técnicos questionados pelos parlamentares.
“Nós tínhamos projetos de tudo. Eu não ficava me apegando a detalhes. (...) Não tenho nada tecnicamente aqui, além da minha memória. (...) Minha maior briga foi com a burocracia. Houve atrasos na obra por isso. (...) Fica ruim para a sociedade, fica ruim para o Estado e fica pior para mim! (...) Eu só tenho que pedir desculpas. Fugiu da minha vontade. Meu grande erro foi o excesso de obras que fizemos em Mato Grosso”, foram algumas das frases ditas pelo ex-governador aos deputados.
Desmentidos
Silval também acabou sendo desmentido em algumas afirmações que fez à CPI. Depondo na condição de testemunha, ele se recusou a assinar o termo de compromisso com a verdade sob o argumento de responder a processos judiciais com o mesmo teor de investigação e, por isso, ter o direito de não produzir provas contra si mesmo. A decisão de aceitar o depoimento nestas condições foi adotada pelo voto da maioria dos membros da comissão.
Entre as afirmações do ex-governador que foram contrapostas pelo deputado Oscar Bezerra esteve a de que o processo de licitação do VLT não teria sido questionado por nenhuma das participantes do certamente. O presidente da CPI fez questão de apresentar a Silval cópia dos mais de 20 pedidos de impugnação do edital.
“Aí o senhor lança um edital fabricado por duas pessoas que não têm qualificação nenhuma para fazer o orçamento que foi apresentado como modelo para as empresas fazerem a proposta (...), porque os outros membros da comissão (que elaborou o termo de referência das obras do VLT) vieram aqui e disseram que só assinaram, não participaram efetivamente de nada. A gente começa a ver que, ao longo do processo, foi tudo meio que atropelado, com pouca responsabilidade e, por isso, está aí o caos que está”, criticou Oscar.
Relatório Final
O depoimento do ex-governador encerrou a fase de investigação da CPI das Obras da Copa do Mundo de 2014. O resultado da apuração deve ser apresentado dentro de 30 dias. O prazo, segundo o presidente dos trabalhos, é necessário para que a equipe técnica conclua o relatório final, que já possui cerca de duas mil páginas.
Apesar do entendimento de que a etapa das oitivas terminou, os parlamentares membros da CPI concordaram que, caso seja necessário esclarecer qualquer dúvida, novas convocações extraordinárias poderão ocorrer. Os depoimentos, no entanto, devem ser colhidos em reuniões fechadas.
Durante os dois dias de depoimento que prestou à CPI, o ex-governador repetiu diversas vezes que o problema, em sua avaliação, foi a quantidade de obras realizadas concomitantemente e a burocracia na condução dos processos. Silval, que está preso preventivamente desde outubro do ano passado, falou por quase 10 horas aos membros da comissão, em oitivas realizadas nas últimas quarta e quinta-feira (11 e 12).
“Eu também já fui do Executivo, obviamente que em uma proporção muito menor, mas sei que a transparência, a eficiência e a responsabilidade são fatores preponderantes para o resultado de qualquer obra pública. Quando nós falamos que foi um erro de gestão é porque o nosso entendimento é de que a má condução dessas obras foi um dos principais problemas que levaram a não conclusão delas. A falta de projeto, a falta de cuidados específicos. Quando o senhor lança um edital sem a dotação orçamentária necessária, quer dizer que começou errado desde a raiz”, assinalou Oscar ao final das oitivas.
Durante todo o tempo em que depôs, Silval procurou se eximir das falhas apresentadas. O ex-governador afirmou não ter acompanhado todos os processos de perto, culpou outros órgãos, como concessionárias de água e energia, além dos bancos que financiaram os projetos, por atrasos ocorridos ao longo das obras e chegou a afirmar não se lembrar de detalhes técnicos questionados pelos parlamentares.
“Nós tínhamos projetos de tudo. Eu não ficava me apegando a detalhes. (...) Não tenho nada tecnicamente aqui, além da minha memória. (...) Minha maior briga foi com a burocracia. Houve atrasos na obra por isso. (...) Fica ruim para a sociedade, fica ruim para o Estado e fica pior para mim! (...) Eu só tenho que pedir desculpas. Fugiu da minha vontade. Meu grande erro foi o excesso de obras que fizemos em Mato Grosso”, foram algumas das frases ditas pelo ex-governador aos deputados.
Desmentidos
Silval também acabou sendo desmentido em algumas afirmações que fez à CPI. Depondo na condição de testemunha, ele se recusou a assinar o termo de compromisso com a verdade sob o argumento de responder a processos judiciais com o mesmo teor de investigação e, por isso, ter o direito de não produzir provas contra si mesmo. A decisão de aceitar o depoimento nestas condições foi adotada pelo voto da maioria dos membros da comissão.
Entre as afirmações do ex-governador que foram contrapostas pelo deputado Oscar Bezerra esteve a de que o processo de licitação do VLT não teria sido questionado por nenhuma das participantes do certamente. O presidente da CPI fez questão de apresentar a Silval cópia dos mais de 20 pedidos de impugnação do edital.
“Aí o senhor lança um edital fabricado por duas pessoas que não têm qualificação nenhuma para fazer o orçamento que foi apresentado como modelo para as empresas fazerem a proposta (...), porque os outros membros da comissão (que elaborou o termo de referência das obras do VLT) vieram aqui e disseram que só assinaram, não participaram efetivamente de nada. A gente começa a ver que, ao longo do processo, foi tudo meio que atropelado, com pouca responsabilidade e, por isso, está aí o caos que está”, criticou Oscar.
Relatório Final
O depoimento do ex-governador encerrou a fase de investigação da CPI das Obras da Copa do Mundo de 2014. O resultado da apuração deve ser apresentado dentro de 30 dias. O prazo, segundo o presidente dos trabalhos, é necessário para que a equipe técnica conclua o relatório final, que já possui cerca de duas mil páginas.
Apesar do entendimento de que a etapa das oitivas terminou, os parlamentares membros da CPI concordaram que, caso seja necessário esclarecer qualquer dúvida, novas convocações extraordinárias poderão ocorrer. Os depoimentos, no entanto, devem ser colhidos em reuniões fechadas.
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