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POLÍCIA
Sexta - 25 de Maio de 2012 às 14:40

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PJC/MT
Ossada encontrada na região do Coxipó do Ouro.
Ossada encontrada na região do Coxipó do Ouro.
Cinco meses após o desaparecimento da adolescente Maiana Vilela Mariano, de 16 anos, a Polícia Judiciária Civil esclareceu que a garota foi assassinada. Nesta sexta-feira (25.05), o corpo da jovem foi localizado pela Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), enterrado no meio da mata, próximo a uma estrada de chão, na região da Ponte de Ferro, no Coxipó do Ouro, em Cuiabá, após prender 8 pessoas ligadas a morte da menor.

O corpo da menor foi encontrado enterrado em uma cova rasa, após escavações feitas pelo Corpo de Bombeiros, nesta manhã. A ossada foi recolhida pelo Instituto de Medicina Legal (IML), que fará exames para constatar a causa da morte e confirmar a identidade da jovem, por meio de análise da arcada dentária. Caso seja necessário, a Polícia Civil vai requisitar exame de DNA.

O empresário Rogério Silva Amorim, 38, que era namorado da menor, e a ex- esposa dele, Calisângela de Morais, 36, foram presos com mandados de prisão temporária (30 dias) decretados pela Vara de Violência Doméstica e Familiar, da Capital, na quinta-feira (24.05). O casal é apontado como os mentores do crime. A Justiça também expediu 8 mandados de busca e apreensão cumpridos nas casas dos acusados.

Também foram presos os executores do crime Paulo Ferreira Martins e Carlos Alexandre Nunes da Silva. O primeiro matou a adolescente asfixiada com um pano na boca e com ajuda de Carlos Alexandre transportou o corpo até a região de Coxipó do Ouro, utilizando o próprio carro, um veículo Gol, que já vendeu. Ainda foram presos o filho do empresário, Eduardo Panta da Conceição Amorim, de 18 anos, Fernando Modesto do Vale, Valquiria Calda de Oliveira (enteada de Paulo) e seu marido Jovanildo Batista Silva Santos.

A adolescente Maiana Vilela Mariano desapareceu no dia 21 de dezembro de 2011, depois descontar um cheque em uma agência bancária, no CPA II, em Cuiabá. Desde seu sumiço a Polícia Civil ouviu dezenas de pessoas que tiveram contato com a jovem, analisou imagens de circuitos de segurança, pediu quebra de sigilo telefônico e por último monitorava os suspeitos de terem assassinado a garota.

A delegada Anaide Barros, que preside as investigações junto com o delegado titular Silas Tadeu Caldeira, disse que o empresário premeditou o crime. “Rogério armou uma cilada para ela. Tudo foi premeditado”, declarou.

Conforme as investigações, na tarde do dia 21 de dezembro o empresário pediu para a adolescente levar R$ 400 para o caseiro da chácara da família, na região do Altos da Glória. Mas na verdade quem estava aguardando a menina era Paulo Ferreira Martins, que não é o caseiro. Usando um pedaço de pano, ele asfixiou a adolescente ainda na chácara e depois ocultou o corpo.

A motocicleta rosa da adolescente teria ficado com Alexandre como pagamento, que também recebeu  R$ 200 dos R$ 400 reais. A moto, segundo o preso, foi desmanchada.

Para a delegada, o crime foi motivado por ciúmes. “Até então, a polícia trabalha com a hipótese de ciúmes ou alguma chantagem que a garota estaria fazendo”, disse.

Todos os detalhes das investigações serão apresentados às 14h30, na Delegacia de Homicídios pelos delegados do caso.

Para a operação foram mobilizados cerca de 50 policiais civis, entre delegados, investigadores e escrivães, sendo duas equipes de policiais da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF), da Capital, com apoio do Corpo de Bombeiros, peritos e legistas da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).


 





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