Os ex-servidores públicos, Fábio Frigeri e Wander Luiz dos Reis, estão sendo ouvidos nesta quinta-feira (12), sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
Gaeco investiga mais contratos suspeitos em outras pastas
Fábio Frigeri é acusado de ser o coordenador do esquema. Ele era encarregado de agilizar e viabilizar as fraudes no âmbito da Administração Pública mediante recebimento de propina, juntamente com Wander Reis.
Os servidores foram exonerados do cargo pelo ex-secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto quando a Operação Rêmora veio a tona no dia 3 de maio.
Conforme o GD apurou Wander Reis ocupava o cargo efetivo de professor de educação básica, com salários de R$ 4,1 mil.
De acordo com o Gaeco, Fábio e Wander atuavam dentro da organização criminosa como integrantes do núcleo de agentes públicos. Eles passavam todas as informações de licitações para o empresário, Giovani Guizardi.
Ainda conforme as investigações as fraudes começaram a ocorrer em outubro de 2015, onde 23 obras de reformas e construção escolas públicas gerou o montante de R$ 56 milhões aos empresários.
O promotor de Justiça, Marco Aurélio Castro, coordenador do Gaeco, disse que a Operação Rêmora terá muitas novidades, porque a corrupção não parece localizada como era.
"Já temos informações que o empresário, Giovani Guizardi tinha vários contratos em outras pastas e isso merece uma análise mais detalhada, tanto do Ministério Público, como pelo próprio Governo do Estado de Mato Grosso".
Marco Aurélio relatou que o depoimento do ex-secretário da Seduc, Permínio Pinto coloca os fatos em dúvida, porque o secretário disse que recebeu a informação de fraude na Seduc, mas não de forma detalhada.
Ele ainda citou que a secretária de Transparência e Combate à Corrupção de Mato Grosso, Adriana Vandoni também o alertou sobre a organização. Porém, Permínio não investigou os fatos como deveria ter feito.
"Me gera uma curiosidade e até uma surpresa, porque fico imaginando um homem médio, sentado numa cadeira de secretário e, duas pessoas faz a denúncia dizendo que está tendo corrupção e ele não deu a importância aos fatos. Porque eu no lugar dele, perguntaria quem era, quando, como e de que forma isso operava para eu tomar as devidas providências. Mas, segundo consta ele não teria ido a fundo nas investigações e deu no que deu", explica o promotor.