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POLÍCIA
Quinta - 10 de Maio de 2012 às 06:00

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Mais cinco pessoas investigadas no esquema de desvios de recursos públicos da Conta Única do Estado tiveram mandados de prisão temporária (5 dias) cumpridos pela Polícia Judiciária Civil. Na manhã de quarta-feira (09.05), a Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública cumpriu  ordens judiciais contra Celina Augusta de Ceni, Francisco Antonio Cardoso, Geverson Alves Proença e na terça-feira (08) se apresentaram Paulinete Auxiliadora Neves dos Santos e Edson Rodrigo Ferreira Gomes.

Conforme a delegada Cleibe Aparecida de Paula, todos serão ouvidos até o final desta semana. A delegada também informou que outro investigado, Antonio Barrote, foi encontrado no Estado da Bahia, onde está trabalhando em uma obra como pedreiro. “Ele dispôs se apresentar na Delegacia até o final deste mês para prestar esclarecimento”, disse.

Nesta manhã, a delegada interrogou Celina Augusta de Ceni, que contou que cedeu sua conta corrente para Vicente Ferreira Gomes, pai de Edson Rodrigo Ferreira Gomes, que foi interrogado na terça-feira. A mulher disse para a delegada que conhece Vicente desde a adolescência e que ele teria pedido para usar sua conta para receber dinheiro proveniente de créditos, precatórios e honorários trabalhistas.

Na conta dela foram movimentados R$ 400 mil, dinheiro entregue a Vicente Ferreira Gomes, cujo único benefício que teria recebido foi um ar condicionado. A delegada ressaltou que Celina é uma pessoa muito simples.

Na terça-feira (08.05), foi interrogado o servidor terceirizado, Edson Rodrigo Ferreira Gomes, que trabalhava na Secretaria de Estado de Fazenda, na Conta Única, sob a coordenação de Magda Mara Curvo Muniz, apontada nas investigações como a chefe do esquema.

Edson revelou que quando entrou na Sefaz, Magda já estava trabalhando no setor e tempos depois acabou descobrindo o esquema. Ele disse que procurou Madga e informou que sabia do esquema, quando passou a ser pressionado por ela para entrar na fraude.

O suspeito Edson confessou à Polícia Civil que inseriu 11 pessoas na lista de “laranjas” enviadas em arquivos ao Banco do Brasil para os pagamentos fraudulentos. Do montante, repassada 80% do valor desviado para Magda e ficava com 20%.Ele declinou todos os nomes cooptados para a fraude.

O inquérito policial que deu origem a operação “Vespeiro”, deflagrada na quinta-feira (03.05) passada já contabiliza 20 presos da lista de 45 pessoas com pedidos de prisão. As investigações da Polícia Civil foram abertas em fevereiro deste ano por requisição do Ministério Público Estadual e determinação do governador Silval Barbosa, para desvios de recursos públicos da Conta Única, pelo sistema BB Pag, ocorridos entre os anos de 2007 a 2011.

No levantamento da Auditoria Geral do Estado foram identificadas 32 pessoas que estavam recebendo recursos públicos sem nenhuma relação com o Estado, referente ao período de 2010 a 2011. No entanto, a Auditoria verificou que a fraude ocorria desde 2007. “Investigamos cada um deles, para saber sua ligação com os servidores que operavam o esquema, quem manipulavam e quem era beneficiário. Agora as investigações continuam com a análise do material apreendido e os interrogatórios”, complementou o delegado Rogério.

A delegada Cleibe Aparecida de Paulo disse que a Polícia Civil pretende concluir as investigações nos próximos 30 dias. No final dos trabalhos a Delegacia irá fazer a individualização da conduta de cada um dos envolvidos para o indiciamento ou não de todos.





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