Segundo o Departamento Penitenciário Nacional, ele chegou às 8h30. Cachoeira foi transferido do presídio de segurança máxima de Mossoró (RN).
Cachoeira está no presídio da Papuda, em Brasília, diz Depen
O Departamento Penitenciário Nacional (Depen), subordinado ao Minstério da Justiça, informou nesta quarta-feira (18) que o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, está desde as 8h30 no presídio da Papuda, em Brasília. Cachoeira foi transferido do presídio de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
Conforme o Depen, Cachoeira chegou a Brasília em um voo proveniente de Fortaleza e depois foi encaminhado para a Papuda em um carro da Polícia Federal. Informações iniciais davam conta de que o contraventor chegaria em Brasília por volta das 10h, mas o horário teria sido divulgado para despistar a imprensa.
Cachoeira foi preso em 29 de fevereiro pela PF na Operação Monte Carlo, acusado de comandar uma quadrilha que explorava o jogo ilegal. Ele foi transferido dias depois para Mossoró.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, Cachoeira está em uma área especial da PF, não por ter regalias, mas sim por ser um preso sob responsabilidade de autoridades federais. Não há uma definição sobre o tipo de cela em que o bicheiro ficará, mas, segundo a secretaria, ele deve ficar em uma cela comum, junto com outros presos.
A transferência de presídios ocorreu por determinação do desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Fernando da Costa Tourinho Neto, proferida nesta segunda-feira (16). Segundo o desembargador, a prisão de Cachoeira no regime de segurança máxima não se justificava, uma vez que o bicheiro não representa alto risco para sociedade nem cometeu crime hediondo.
O primeiro pedido de transferência, feito à Justiça Federal de Goiás, foi negado, e a defesa do bicheiro recorreu ao TRF-1. Os advogados pediram a remoção para que Cachoeira não ficasse submetido a regras tão rigorosas como as de um presídio de segurança máxima e para que estivesse mais próximo da família e dos advogados.
Criação da CPI
Os funcionários da Câmara e do Senado devem se concentrar nesta quarta-feira na conferência de assinaturas para confirmar o apoio dos parlamentares para a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que irá investigar as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos, autoridades e empresários. A verificação antecede a leitura do pedido de criação, que autoriza a formação da CPI.
A expectativa é que a leitura do requerimento pela presidente em exercício do Congresso, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), aconteça nesta quinta-feira (19). Se isso ocorrer, a comissão já poderá começar a funcionar na semana que vem.
Na noite desta terça (17), os líderes partidários protocolaram o pedido de criação com assinaturas de 67 senadores e de 330 deputados federais. Eram necessárias, no mínimo, 27 assinaturas no Senado e 171 na Câmara. Até a leitura do requerimento, o parlamentar que quiser pode retirar a assinatura, e quem não assinou, poderá aderir.
Depois de lido o requerimento, os partidos terão cinco dias para indicar os integrantes da comissão - 15 deputados e 15 senadores, com igual número de suplentes.