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SEGURANÇA
Segunda - 19 de Março de 2012 às 06:36

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PJC/MT
Apreensão de 98 bananas de dinamite pelo GCCO.
Apreensão de 98 bananas de dinamite pelo GCCO.
A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Judiciária Civil, tem avançado na identificação e prisão de pessoas envolvidas em roubos e furtos de caixas eletrônicos. Em 2012, a Polícia Civil registrou 23 ataques a terminais de autoatendimento, na maioria com uso de artefato explosivo. Neste ano, as Polícias Civil, Rodoviária Federal e Militar apreenderam 320 unidades explosivas que seriam utilizadas nos arrombamentos de caixas eletrônicos. As apreensões têm contribuido para redução dos ataques aos terminais eletrônicos.

Uma das grandes apreensões ocorreu em Guarantã do Norte, onde a Polícia Militar apreendeu 150 quilos de dinamites. Neste ano ainda a Polícia Rodoviária Federal apreendeu 36 bananas, de 250 gramas, em poder de uma adolescentes e a Gerência de Combate ao Crime Organizado, 98 bananas de 500 gramas cada.

A repressão tem sido focada também na prisão de integrantes das quadrilhas que vêm agindo no Estado de Mato Grosso. Recentemente, policiais civis da Gerência, em cumprimento a mandado de busca e apreensão, prenderam mais um foragido da Justiça, na modalidade criminosa.

O suspeito Julyender Batista Borges, 23 anos, foi preso em um Condomínio Residencial, no Porto, em Cuiabá, após intenso trabalho de campo de policiais do GCCO. O acusado tentou resistir à prisão, ao pular do 2º andar do prédio onde morava. Com o suspeito, os policiais civis encontraram farta munição de uso restrito, colete balístico, documentação falsa e uma Carteira de Nacional de Habilitação (CNH), que ele usava se fazendo passar por Francisco Fernandes de Mello Filho.

A delegada Ana Cristina Feldner, que chefiou as investigações, disse que o preso é considerado um criminoso contumaz em crimes contra o patrimônio da mais alta periculosidade. “É um dos principais integrantes de uma organização criminosa que vem agindo na Capital e cidades do interior de Mato Grosso”, frisou. “De longa data vinha sendo procurado por diversas delegacias que tentavam capturá-lo e assim cumprir os mandados de prisão existentes contra sua pessoa”, completou Feldner.

Em 4 de novembro de 2011 durante as buscas aos integrantes de uma quadrilha que havia tentado violar caixas eletrônicos no município de São Pedro da Cipa e Jaciara (148 e 144 km ao Sul), policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), chegaram a detê-lo para averiguação junto com outras pessoas que o acompanhavam. Porém, como ele usava o nome falso de Francisco Fernandes de Mello, conseguiu se livrar da prisão.

Também com nome fictício, Julyender mais uma vez escapou de ser preso por policiais civis da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), onde  chegou a ser indiciado em inquérito policial usando o nome falso.

Na Gerência de Combate ao Crime Organizado, o acusado foi autuado em flagrante por incorrer em crime de posse de munição de uso restrito e uso de documento falso. Após a lavratura do flagrante, foi conduzido a uma unidade prisional da Capital, à disposição da Justiça.

Julyender ainda responde processos na Justiça por roubo qualificado, porte ilegal de arma de fogo. Ele também possui mandados de prisão pendentes de cumprimento.

Conforme a delegada Ana Cristina Feldner, que irá reforçar o quadro da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), as ocorrências envolvendo explosivos no uso de arrombamento a caixas eletrônicos tiveram uma trégua logo após a apreensão de 98 unidades de emulsão explosiva, em 16 de fevereiro deste ano, em uma fazenda na região de Nobres. Na ocasião policiais civis do GCCO efetuaram a prisão em flagrante de Laudelino Correa.

Em 2011, as estatísticas revelaram o uso de explosivos em 38 ocorrências de arrombamento a caixas eletrônicos. “Enquanto que neste ano de 2012 os números sugerem um aumento expressivo nessa modalidade de crime”, pontua.

No ano passado, os arrombamentos com o uso do maçarico caíram para 43%, em relação a 2010. Em agosto de 2011, o Estado de Mato Grosso passou a registrar os primeiros casos de ataques com explosivos, fechando com 38 terminais dinamitados.

O maçarico foi à primeira ferramenta utilizada pelos bandidos para arrombar os caixas, desde o ano de 2008, quando foram registrados 14 casos. No ano seguinte ocorreram 31 ataques e a explosão se deu em 2010, quando a prática passou a ser dominada por dezenas de bandidos do Estado e de outros, que atuam em Mato Grosso nos arrombamentos.





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