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POLÍCIA
Sexta - 16 de Março de 2012 às 14:41

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Mídia News
A Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso concluiu as investigações da morte do vendedor Gilson Silvio Alves, 34, e do desdobramento da ocorrência que resultou no ferimento do investigador de polícia Maxwel José Ferreira, 37, e na morte dos investigadores Edson Marques Leite, 47, e João Osni Guimarães, 62, em acidente de automóvel, na tarde do dia 23 de maio de 2011, em Várzea Grande.

Os autos conclusos do inquérito policial 143/2011, instaurado no dia 24 de maio de 2011, pela Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), presidido pela delegada Sílvia Maria Pauluzi, foram encaminhados ao Fórum da Comarca de Várzea Grande, na tarde de quinta-feira (15.03).

O investigador Maxwell José Ferreira foi indiciado por homicídio, uma vez que participou da dinâmica dos fatos, desde a abordagem que culminou na morte de Gilson Sílvio Alves. Porém, nas investigações não há indícios de que Maxwell e Edson Leite mataram intencionalmente a vítima, quando a abordaram na lanchonete, do Posto 2006, na Rodovia dos Imigrantes, Km 21, bairro São Simão, em Várzea Grande.

Conforme comprovado no inquérito policial, os policiais objetivavam apenas a prisão dele, ainda que equivocada, pois o teria confundido com o um ladrão de carretas, foragido da Justiça, de nome “João Carlos de Oliveira”, conhecido por “Carlinhos”, que investigavam há mais de uma semana, tendo inclusive buscado informações junto a Gerência Estadual de Polinter e também na Polinter do Estado de Mato Grosso do Sul, acerca de mandado de prisão decretado contra ele.

Em nove meses de investigações, a Polícia Civil esclareceu por meio de 23 oitivas e laudos técnicos periciais e quebras de sigilo telefônico, diversos pontos levantados logo após e nos dias seguintes a morte dos policiais e do cidadão. O primeiro deles, surgido no local de crime, era que o investigador João Osni auxiliado por Edson Leite teria executado Gilson Sílvio da Silva por um ato de vingança, em razão de Gilson ter agredido um menor supostamente parente de João Osni.

Os três menores envolvidos no assalto praticado na casa de Gilson foram localizados e prestaram esclarecimentos na DHPP referente ao possível parentesco que teriam com João Osni e também com Edson Leite, uma vez que circulava comentários no bairro onde moram (o mesmo da vítima), que um deles era “parente de polícia”. Nenhum dos adolescentes confirmou parentesco com os dois investigadores.

Para esclarecer a informação disseminada pelos moradores do bairro, a DHPP apurou que de fato o menor A.J.S., lesionado por Gilson no assalto em sua casa, era filho não reconhecido do policial militar “José Moreti do Espírito Santo”, conhecido por “Rambo”, e já falecido, não havendo parentesco nenhum com os policiais civis.

As oitivas também apuraram que João Osni e Edson Leite não mantinham laço de amizade capaz de se unirem para uma vingança. A quebra de sigilo telefônico também confirmou que no dia dos fatos, principalmente, nas horas antecedentes, não houve nenhuma ligação entre os três policiais envolvidos, João Osni, Edson Leite e Maxwel, o que seria “imprescindível caso estivessem planejando alguma ação naquele local”, destaca relatório da delegada Sílvia Pauluzi.

Também ficou esclarecido que João Osni costumava fazer aquele trajeto, já que residia no bairro Santa Izabel, em Várzea Grande, e frequentemente abastecia no Posto 2006, conforme declararam frentistas do posto nos autos do inquérito.





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