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POLÍTICA
Quarta - 15 de Fevereiro de 2012 às 12:01

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Deputado Percival Muniz (PPS)
Deputado Percival Muniz (PPS)

O deputado Percival Muniz (PPS) lamentou na sessão vespertina de terça-feira, dia 14, que o relatório da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde, apontou que, em 2011, 89 crianças xavantes de até quatro anos morreram em Mato Grosso por desnutrição e falta de condições sanitárias.

Segundo ele, o Estado não pode aceitar, passivamente, que isso continue, “pois manhcha a imagem do Estado e envergonha a todos”. Por isso, sugeriu que a Assembleia Legislativa não fique de braços cruzados diante destes desrespeitos com os povos indígenas que vem ocorrendo em Mato Grosso.

“Não podemos aceitar que isso continue, pois temos uma população indígena relativamente pequena e temos de tratá-la com mais respeito e apoio para que essas mortes  por desnutrição,  falta de condições sanitárias e falta de assistência na área de saúde sejam evitadas”, ressaltou Percival.

Ele  propôs  que a Casa realize uma audiência pública para que os deputados cobrem das autoridades competentes a responsabilidade pela morte de crianças indígenas e exigir ações consistentes para combater a mortalidade infantil nestas comunidades.

Percival se mostrou indignado com a informação de que, em 2011,  89 crianças indígenas de até quatro anos morreram, vítimas de desnutrição e falta de condições sanitárias. Conforme relatório da secretaria de Saúde Indígena, as mortes teriam ocorrido na comunidade Xavantes, próximo ao município de Campinápolis, em 2011. "Isso me dá uma revolta extraordinária, tínhamos que tratar essa questão com mais respeito. Todo ano tem relatório anunciando sempre um aumento nas mortes", protestou o parlamentar.

Percival lembrou que em 2010, 60 crianças indígenas morreram pelos mesmos motivos. De um ano para o outro o aumento foi de mais de 40%. Ele lembrou ainda que a controladoria Geral da União (CGU) apontou um rombo de R$ 14 milhões na Funasa.

O deputado observou que as mortes poderiam ter sido evitadas se houvesse um melhor acompanhamento do poder público. "Os índios são resistentes, antes da civilização branca tinham mortalidade menor, mesmo sem remédios e tecnologias. Proibimos os indígenas de fazerem agricultura, comercialização florestal, qualquer atividade financeira, vamos bancá-los e prover a saúde nessas comunidades", pontuou.

O parlamentar socialista sugeriu ainda que a Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Amparo à Criança, ao Adolescente e ao Idoso, juntamente com outros deputados, faça uma visita às comunidades indígenas para verificar in loco a situação em que se encontram.






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