MP e Defensoria discutem desapropriações da Secopa
Representantes do Ministério Público de Mato Grosso (MPE) e da Defensoria Pública do Estado vão realizar trabalho voltado para buscar alternativas aos moradores de 4 bairros de Cuiabá, atingidos pelas obras da Avenida Parque do Barbado. A decisão foi tomada após reunião entre as entidades e representantes das comunidades, na manhã desta sexta-feira (27). Os moradores cobram transparência e informações por parte do governo do Estado.
No momento, uma ação civil pública cobrando a apresentação, por parte da Secretaria Extraordinária da Copa 2014 (Secopa), do projeto foi descartada. Mas os órgãos pretendem aprofundar os estudos sociais da região atingida pelas desapropriações necessárias para a obra.
A pasta apresentou apenas parte do projeto, que atinge o bairro Castelo Branco. Além dele, serão afetados com a obra os bairros Pedregal, Renascer e Bela Vista. A partir de agora, com o aprofundamento dos estudos topográfico e social, será possível apresentar à Secopa alternativas viáveis.
Muitos moradores temem que a única opção seja a proposta de inserção dos mesmos em unidades habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida em regiões distantes da cidade”, informou o promotor de Justiça que atua na Defesa do Meio Ambiente, Carlos Eduardo Silva.
Obra - A Avenida Parque do Barbado interligará as avenidas Fernando Correa da Costa, Arquimedes Pereira Lima, Dante de Oliveira (Av. dos Trabalhadores), Gonçalo Antunes de Barros (Jurumirim) e avenida Vereador Juliano Costa Marques. Está prevista a remoção de famílias que residem nos bairros Castelo Branco, Canjica, Renascer, Bela Vista, entre outros.
De acordo com informações da Secretaria Extraordinária da Copa de 2014 (Secopa), as obras do Parque do Barbado foram divididas em dois lotes. O primeiro está orçado em cerca de R$ 23 milhões e abrange um trecho de quatro quilômetros entre a Av. das Torres e a Fernando Correa da Costa. O segundo, estimado em R$ 10,8 milhões, terá 1.824 metros de extensão, interligando as avenidas Jurumirim e Juliano Costa Marques. No primeiro lote não haverá necessidade de desapropriações. (Com informações da Ascom/MPE)