Presidente afastada respondeu a crítica de senador Eduardo Amorim. Mas isso não justifica acusação de crime de responsabilidade, ressalvou.
Dilma pede desculpas pela falta de diálogo com parlamentares
Enquanto ocupava a Presidência, Dilma frequentemente era alvo de crítica de senadores e deputados devido à escassez das audiências que concedida a parlamentares.
Segundo a presidente, o diálogo é importante, mas a falta disso não pode ser motivo para crime de responsabilidade.
"Eu acho que, se faltou diálogo, posso dizer ao senhor que, em que pese que a falta de diálogo não pode ser alegada como crime de responsabilidade pela legislação brasileira, ela pode, sim, ser alegada como uma necessidade de um presidente, que tem que estabelecer com o Congresso um diálogo sistemático e qualificado", disse Dilma.
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Em seguida, se desculpou. "Senador [Amorim], o senhor receba as minhas desculpas por não ter atendido às suas expectativas quanto ao diálogo.
É algo que, eu tenho clareza, é importante que seja feito. Repito, não é base para nenhum crime de responsabilidade", continuou.
A crítica sobre a falta de diálogo abriu o questionamento de Eduardo Amorim. Em seguida, o senador perguntou sobre a credibilidade do governo e a responsabilidade pela crise econômica.
"O fato é que é lamentável seu governo não ser caracterizado pelo diálogo. Todos sabemos que essa relação saudável faz-se com diálogo e respeito, e Vossa Excelência não apenas distanciou-se do Congresso Nacional, mas também desrespeitou quando infringiu o artigo 85 da nossa Constituição, atentando contra Lei Orçamentária ao editar os decretos de crédito suplementares sem a devida autorização do Congresso Nacional", disse Amorim.