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JUSTIÇA
Domingo - 27 de Novembro de 2011 às 09:41

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Mídia News
Empresário Josino Pereira Guimarães
Empresário Josino Pereira Guimarães

Não está mais sob segredo de Justiça o processo contra o empresário Josino Pereira Guimarães que vai a júri popular na próxima terça-feira (29) acusado de mando pela morte do juiz Leopoldino Marques do Amaral, ocorrida há 12 anos atrás. O Ministério Público Federal (MPF) protocolou na última terça-feira (22) um pedido na Justiça Federal para a retirada do segredo de justiça e foi informado pelo juízo da Sétima Vara Federal, que o processo já não estava mais sob segredo, informou a assessoria do MPF. O juiz federal substituto Rafael Vasconcelos Porto é quem está respondendo pela vara.

Josino Guimarães está preso desde o dia 9 de maio deste ano a pedido do MPF. Desde então sua defesa entrou com vários pedidos de habeas corpus na Justiça Federal, mas todos foram negados. Apesar de sempre ter negado o crime, ele foi denunciado e vai a júri popular apontado como o mandante do assassinato do juiz cujo corpo foi encontrado na cidade paraguaia de Concepcion, em 07 de setembro de 1999, com 2 tiros na cabeça e parcialmente carbonizado.

Em sua justificativa, ao pedir o fim do segredo de Justiça no caso, o MPF defendeu que “o tema versado nos autos é de grande interesse à sociedade mato-grossense. Não pode ser julgado de forma sigilosa. As pessoas tem direito de saber o que de fato aconteceu, principalmente para se evitar especulações indevidas.”.

Segundo o MPF, a morte do juiz ocorreu dias após ter sido oferecida representação em face de inúmeros desembargadores e juízes de Direito por crimes funcionais, em especial a existência de esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Pelo assassinado do juiz, o MPF denunciou como executores do crime o taxista Marcos Peralta e a oficial escrevente Beatriz Árias. Ela foi condenada em 2001 a uma pena de 12 anos de prisão, enquanto que Marcos Peralta veio a falecer pouco tempo depois. Josino Guimarães foi denunciado como mandante do crime.

Fraude

A prisão de Josino Guimarães é relacionada a fraude e ao processo de homicídio, que teve a participação do delegado da Polícia Civil, Márcio Pieroni também preso em maio e condenado no dia 23 setembro a 17 anos de reclusão, mais 3 anos e 4 meses de detenção, em regime inicialmente fechado. A Justiça determinou ainda a perda do cargo público de delegado e negou o direito de recorrer em liberdade. Josino e seu irmão Clóves Guimarães também foram condenado a 7 anos de reclusão e 2 anos de detenção em regime inicialmente fechado e sem direito a recorrer em liberdade.






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