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POLÍTICA
Segunda - 07 de Novembro de 2011 às 15:19
Por: Neusa Baptista

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Foto: Arquivo

Os 460 funcionários da empreiteira Gutierrez, que presta serviços para a Votorantim Cimentos na obra da nova fábrica da Votorantim, no Distrito de Aguaçu, decidiram esta manhã permanecer em greve por tempo indeterminado. Até o momento, a empresa não apresentou uma nova proposta de reajuste.

A paralisação começou no início do expediente desta segunda. Os trabalhadores estiveram até o final da manhã mobilizados em frente à empresa, debaixo do sol e sem café da manhã ou água. Por volta das 9:30, um bebedouro da empresa foi disponibilizado para os grevistas. A pedido da empresa, a Polícia Militar esteve presente.

A empresa quer dar reajuste de 11%, porém retirar o benefício de 25% sobre o salário para os funcionários de outros Estados e o adicional de hora prêmio, este último causando uma perda de R$ 110,00 nos vencimentos. Os trabalhadores são contra a retirada destes benefícios e pedem ainda o pagamento pela hora itínere, período gasto entre a residência e o local de trabalho. Calculando-se perdas e ganhos, o reajuste real oferecido chegou somente a 2%.

Esta é a quinta tentativa de negociação. No final da manhã, os grevistas decidiram fazer novo ato no canteiro de obras, nesta terça (8), à partir da 7:30.

As negociações estão sendo coordenadas pelos presidentes do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Cuiabá e Municípios (SINTRAICCCM), Joaquim Santana, e da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Mato Grosso (FETIEMT), Ronei de Lima, que estiveram no local nesta segunda de manhã.

Os trabalhadores reivindicam reajuste sobre a hora trabalhada, que hoje é de R$ 4.7 para pedreiros, carpinteiros e armadores e R$ 4.67 para montadores; com isso, os valores passariam a R$ 5,20 e R$ 6, respectivamente.  Também querem que aos sábados seja estipulado o pagamento de 50% do valor da hora trabalhada entre as 7:30 e as 11:30, e depois do meio dia, 100% da hora trabalhada.

Outra reivindicação é que os empregados sejam liberados do trabalho no dia do pagamento do salário. Para compensar as horas não trabalhadas, eles ficariam meia hora a mais às sextas-feiras, passando a sair do trabalho às 17:30 h.

Os trabalhadores também não querem mais receber por hora trabalhada, mas sim por mês. Segundo o sindicato, o pagamento por hora prejudica o trabalhador, pois o obriga a realizar hora extra em excesso para obter um salário razoável.







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