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Quadrilha de Silval recebeu R$ 17 mi de empresário
A quadrilha que se instalou no governo de Mato Grosso na gestão passada, e, segundo a Polícia Civil e o Ministério Público Estadual (MPE), era chefiada pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB), recebeu R$ 17,6 milhões em propina somente da empresa Consignum.
A exigência de vantagem indevida aos empresários Fábio Drumond Formiga e Willians Paulo Mischur, dono da Consignum, bem como a prática de fraude à licitação por parte da organização criminosa, foi um dos alvos de investigação da 3ª fase da Operação Sodoma.
Diante dos fatos, a Delegacia Fazendária (Defaz) realizou uma nova diligência nesta segunda-feira (25) e prendeu o médico e empresário Rodrigo da Cunha Barbosa, filho do ex-governador. O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou 17 pessoas numa nova ação penal. Além de apontar Silval como o chefe, o MPE afirma que a quadrilha agia em conluio com o ex-deputado estadual José Geraldo Riva e o empresário e bacharel em Direito, Tiago Dorileo e Fábio Formiga.
Consta na denúncia do MPE que foi apurado pela Delegacia Fazendaria (Defaz) que ao longo do período de março de 2011 a dezembro de 2014, o empresário Willians dono da empresa Consignum que matinha contratado com o estado e era responsável por gerenciar a margem de empréstimo consignado que os servidores públicos tinham direito, pagou à quadrilha e a José Riva a importância aproximada de R$ 17.6 milhões.
Para se chegar a tal valor as investigações consideraram o valor mínimo de propina de R$ 500 mil, sendo que este valor variou até R$ 700 mil, e ainda a interrupção de pagamentos estimada em 8 meses. Os desdobramentos das investigações são resultados de delações premiadas feitas pelo ex-secretário da SAD, César Roberto Zílio e o ex-adjunto da Pasta, Pedro Elias Domingos de Mello, além da colaboração do empresário Willians Mischur. Os 3 foram presos anteriormente na Operação Sodoma, mas foram colocados em liberdade por colaborarem com as investigações.
A exemplo de Mischur que já tinha afirmado que era “obrigado” a pagar propina para a quadrilha a mando de Silval, Barbosa, Zílio também revelou aos delegados que investigam o caso, que de fato, o ex-governador era o chefe do esquema e exigia que os empresários pagassem propina para que os contratos que mantinham com o Estado não fossem encerrados.
César Zílio revelou que nos primeiros dias da administração de Silval Barbosa já ocupando o cargo de Secretário de Administração, foi chamado ao gabinete do governador quando Silval pessoalmente lhe orientou a procurar o proprietário da empresa Consignum e lhe exigir o pagamento de vantagem indevida, sob o argumento de que o empresário precisava ajudar no pagamento das dívidas da campanha eleitoral para governador/ 2010.
Seguindo a determinação do líder da organização, Zilio solicitou a presença do empresário Willians Paulo na sede da SAD e, em seu gabinete, falando em nome do então governadore, agindo no interesse da quadrilha, condicionou a continuidade dos serviços executados pela Consignum ao pagamento mensal de vantagem indevida, justificando a exigência para saldar dívidas de campanha.
“Importante observar que, naquela ocasião, o contrato firmado com a empresa de WILLIANS – nº 013/2008/SAD/MT estava com o prazo de validade expirando, sendo possível sua prorrogação e, de forma astuta, a organização criminosa aproveitou esta situação, qual seja, o necessário aditamento contratual, para fazer com que o empresário se submetesse a sua vontade”, diz trecho da denúncia.
Por sua vez, Mischur relatou que perder o contrato vigente àquela época implicava em grande prejuízo ao seus negócios, pois havia realizado investimentos significativos desenvolvendo softwares que aumentaram a segurança das operações financeiras realizadas, evitando fraudes que no passado eram comuns e acarretavam prejuízos aos bancos e tomadores dos empréstimos.
Esclareceu, ainda, que se fosse formalizada a noticiada rescisão, além de perder o contrato em Mato Grosso, poderia ter a imagem de sua empresa maculada junto às outras unidades da federação nas quais presta serviços, abalando sua reputação junto aos estabelecimentos bancários, e comprometendo, portanto, inúmeros outros contratos.
“Frente a tais considerações se viu obrigado a atender a exigência criminosa. Afirmou que na ocasião também foi firmado que os pagamentos seriam realizados até a dívida da campanha de governador/2010 ser paga , todavia, se estendeu ao longo de todo o mandato de Silval Barbosa”. O empresário Willians Mischur não foi denunciado pelo Ministério Público.
A exigência de vantagem indevida aos empresários Fábio Drumond Formiga e Willians Paulo Mischur, dono da Consignum, bem como a prática de fraude à licitação por parte da organização criminosa, foi um dos alvos de investigação da 3ª fase da Operação Sodoma.
Diante dos fatos, a Delegacia Fazendária (Defaz) realizou uma nova diligência nesta segunda-feira (25) e prendeu o médico e empresário Rodrigo da Cunha Barbosa, filho do ex-governador. O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou 17 pessoas numa nova ação penal. Além de apontar Silval como o chefe, o MPE afirma que a quadrilha agia em conluio com o ex-deputado estadual José Geraldo Riva e o empresário e bacharel em Direito, Tiago Dorileo e Fábio Formiga.
Consta na denúncia do MPE que foi apurado pela Delegacia Fazendaria (Defaz) que ao longo do período de março de 2011 a dezembro de 2014, o empresário Willians dono da empresa Consignum que matinha contratado com o estado e era responsável por gerenciar a margem de empréstimo consignado que os servidores públicos tinham direito, pagou à quadrilha e a José Riva a importância aproximada de R$ 17.6 milhões.
Para se chegar a tal valor as investigações consideraram o valor mínimo de propina de R$ 500 mil, sendo que este valor variou até R$ 700 mil, e ainda a interrupção de pagamentos estimada em 8 meses. Os desdobramentos das investigações são resultados de delações premiadas feitas pelo ex-secretário da SAD, César Roberto Zílio e o ex-adjunto da Pasta, Pedro Elias Domingos de Mello, além da colaboração do empresário Willians Mischur. Os 3 foram presos anteriormente na Operação Sodoma, mas foram colocados em liberdade por colaborarem com as investigações.
A exemplo de Mischur que já tinha afirmado que era “obrigado” a pagar propina para a quadrilha a mando de Silval, Barbosa, Zílio também revelou aos delegados que investigam o caso, que de fato, o ex-governador era o chefe do esquema e exigia que os empresários pagassem propina para que os contratos que mantinham com o Estado não fossem encerrados.
César Zílio revelou que nos primeiros dias da administração de Silval Barbosa já ocupando o cargo de Secretário de Administração, foi chamado ao gabinete do governador quando Silval pessoalmente lhe orientou a procurar o proprietário da empresa Consignum e lhe exigir o pagamento de vantagem indevida, sob o argumento de que o empresário precisava ajudar no pagamento das dívidas da campanha eleitoral para governador/ 2010.
Seguindo a determinação do líder da organização, Zilio solicitou a presença do empresário Willians Paulo na sede da SAD e, em seu gabinete, falando em nome do então governadore, agindo no interesse da quadrilha, condicionou a continuidade dos serviços executados pela Consignum ao pagamento mensal de vantagem indevida, justificando a exigência para saldar dívidas de campanha.
“Importante observar que, naquela ocasião, o contrato firmado com a empresa de WILLIANS – nº 013/2008/SAD/MT estava com o prazo de validade expirando, sendo possível sua prorrogação e, de forma astuta, a organização criminosa aproveitou esta situação, qual seja, o necessário aditamento contratual, para fazer com que o empresário se submetesse a sua vontade”, diz trecho da denúncia.
Por sua vez, Mischur relatou que perder o contrato vigente àquela época implicava em grande prejuízo ao seus negócios, pois havia realizado investimentos significativos desenvolvendo softwares que aumentaram a segurança das operações financeiras realizadas, evitando fraudes que no passado eram comuns e acarretavam prejuízos aos bancos e tomadores dos empréstimos.
Esclareceu, ainda, que se fosse formalizada a noticiada rescisão, além de perder o contrato em Mato Grosso, poderia ter a imagem de sua empresa maculada junto às outras unidades da federação nas quais presta serviços, abalando sua reputação junto aos estabelecimentos bancários, e comprometendo, portanto, inúmeros outros contratos.
“Frente a tais considerações se viu obrigado a atender a exigência criminosa. Afirmou que na ocasião também foi firmado que os pagamentos seriam realizados até a dívida da campanha de governador/2010 ser paga , todavia, se estendeu ao longo de todo o mandato de Silval Barbosa”. O empresário Willians Mischur não foi denunciado pelo Ministério Público.
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