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POLÍTICA
Terça - 16 de Agosto de 2011 às 11:21

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Senador Pedro Taques (PDT)
Senador Pedro Taques (PDT)

Em discurso proferido na tarde de segunda-feira (15.08), o senador Pedro Taques (PDT) voltou a defender a “faxina” que a presidente Dilma Rousseff está fazendo em alguns de seus ministérios e apontou que uma das causas da corrupção é o loteamento político nos órgãos públicos. “Faxina se faz com o lixo e quem rouba o dinheiro público é lixo. Quem rouba o dinheiro público é nojento”, afirmou o parlamentar que apresentou o PLS 204/2011 que torna corrupção crime hediondo.

Na avaliação do pedetista, não adianta criar projetos fantásticos, se os grandes esquemas de corrupção continuarem operando no desvio dos recursos. “Uma pergunta deve ser respondida por todos nós: o valor chegará ao José no interior do Estado de Mato Grosso? Esses valores chegarão aos rincões do Amapá? A questão não é o programa e sim o dinheiro roubado em razão do programa. Precisamos de um projeto estratégico para o país. Precisamos de um projeto estratégico sem politicália”, disse Pedro Taques.

O mato-grossense criticou parlamentares que trocam seu apoio ao governo por liberação de verbas ou nomeação de indicados para cargos públicos.“Partido político não pode fazer do Governo um pé de pequi, como se diz no meu Estado, em que se passa a mão. Eu não quero cargos. Não é essa a função de um senador da República. Também não quero emendas parlamentares porque eu não sou despachante do Orçamento da União”, afirmou.

Pedro Taques ainda apontou a existência de uma ditadura de liderança no Congresso. “Os líderes decidem tudo. Eu não decidi nada”. Neste sentido, o pedetista questionou se a base do o governo discute programas ou projetos. “O que é base? Discutimos programas, projetos? Esta base se fundamenta em que requisitos, em que princípios? Em divisão? Em fazer com que o estado seja dividido em capitanias partidárias? No aparelhamento do estado por partidos políticos? Partidos políticos são importantes, mas o mais importante é a República, o mais importante é o Estado. Não podemos transformar a República em uma divisão de partidos políticos. O partido A é dono do ministério B. O partido C é dono do ministério X. Isso existe no mundo? Isso é presidencialismo de coalizão? Quais são os intereses?”, indagou.

Para Taques, o Senado tem um papel importante na aprovação de leis que combatam a corrupção e a cultura da impunidade. “Quem rouba o dinheiro público é lixo, é nojento. A corrupção mata, a corrupção rouba o dinheiro de crianças. Temos que reagir. Me coloco ao lado da presidente Dilma pois aqui não será chantageada”, disse.

Faxina no governo

Como integrante do movimento de suporte político à presidente Dilma Rousseff, em suas funções de combate à corrupção no governo, ao lado dos senadores Pedro Simon (PMDB-RS), Cristovam Buarque (PDT-DF), Ana Amélia Lemos (pp-RS), Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), Jorge Viana (PT-AC), José Pimentel (PT-CE), Rodrigo Rollenberg (PSB-DF), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Paulo Paim (PT-RS), o senador Pedro Taques firmou que  a intenção do grupo é defender a República sem chantagem. “Queremos mostrar a presidente que aqui ela tem apoio para combater o mau feito e não aceitar o mau feito”, explicou Pedro Taques.

Magistratura

Em seu discurso, o ex-procurador da República, o senador Pedro Taques, lembrou também da juíza executada no Rio de Janeiro. Segundo ele, “poucas autoridades da República levantaram sua voz em favor da magistratura brasileira, abalada com o assassinato da juíza Patrícia Acioli, no último dia 11”. Frisou ainda que o crime organizado existe no Brasil e que a magistratura brasileira precisa de apoio neste momento.

Para mudar essa situação, Pedro Taques apresentou no Senado o projeto de lei (PLS 276/2011) que altera o artigo 288 do Código Penal e cria uma qualificadora do crime: formação de quadrilha ou bando com o fim de cometer crime contra agente público envolvido em investigação policial, processo penal ou processo administrativo – promotores, delegados, policiais civis, etc. A pena para o delito, proposta pelo pedetista, é de dois a seis anos de reclusão. O projeto estabelece pena de reclusão de dois a seis anos.






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